• Recuperação total da aviação civil antes de 2023 é “improvável”

    Publicado em 4.06.2020 às 13:24

    A agência de notação financeira Moody’s considerou hoje “improvável” que o setor da aviação civil recupere totalmente dos efeitos da pandemia de Covid-19 antes de 2023, antecipando que a procura permaneça “severamente deprimida” em 2021.

    “É improvável que o setor global de companhias aéreas de passageiros recupere totalmente antes de 2023, pois a procura de passageiros aéreos permanecerá severamente deprimida em 2021, devido às consequências do [novo] coronavírus”, refere a Moody’s num relatório hoje divulgado.

    A agência de notação financeira admite que muitas companhias aéreas melhoraram a sua liquidez nos últimos anos, mas à custa do aumento da sua dívida.

    Como resultado, as companhias aéreas avaliadas pela Moody’s terão dívidas em média de cerca de 29 a 49 mil milhões de euros, em 2023, o que corresponde a uma subida de 20% a 30% face a 2019.

    “Os efeitos do [novo] coronavírus, como preocupações com a saúde, mudanças nas políticas de viagens corporativas, possíveis restrições a chegadas internacionais e menores gastos discricionários por causa do PIB mais fraco e maior desemprego, restringirão a procura de passageiros aéreos até 2022 e colocarão uma enorme carga de dívida nas companhias aéreas, a nível global”, refere o relatório.(RTP, emissora pública de Portugal)