Mais de 1.500 manifestantes em Lisboa por medidas de apoio à cultura
Mais de 1.500 trabalhadores da cultura manifestaram-se hoje na Praça do Rossio, em Lisboa, contra a falta de apoios a um setor maioritariamente precário e que sofre efeitos “catastróficos” com a paragem da atividade, devido à pandemia de covid-19.
“Parados, Nunca Calados” foi o mote da manifestação nacional promovida pelo Manifesto em Defesa da Cultura e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE), que decorreu em Lisboa, no Porto e em Faro, e à qual se associaram também cerca de oito dezenas de profissionais de Viana do Castelo.
Numa praça cheia, mas a grandes intervalos entre as pessoas, para manter a distância de segurança, com locais previamente assinalados no chão com fita adesiva azul, para os manifestantes se colocarem, os protestos faziam-se ouvir pelas vozes de vários artistas e representantes de estruturas culturais que se sucederam em discursos, entre as 18:00 e as 20:00, e pelas centenas de pessoas que gritavam palavras de ordem como “Não tens graça, Fonseca”.
Entre palhaços, equilibristas e malabaristas, vários manifestantes empunhavam cartazes, nos quais se liam frases como “Músico em análise há 65 dias”, “Um país sem cultura é um país adormecido”, “O acesso à cultura é um direito constitucional”, “Sem cultura não há história, não há memória” ou “Este ministério não nos representa”. (RTP, emissora pública de Portugal)