Milhares de pessoas em Hong Kong desobedeceram a proibição de realizar grandes aglomerações para celebrar os 31 anos do confronto militar com os ativistas pró-democracia que provocou muitas mortes na Praça da Paz Celestial, em Pequim.

Manifestos para relembrar o incidente acontecem todos os anos, no dia 4 de junho, em um parque na parte central da Ilha de Hong Kong. Este evento tem sido possível por conta do princípio “um país, dois sistemas”, que garante a liberdade de expressão e reunião.

A polícia proibiu o evento deste ano, citando a necessidade de evitar a disseminação do coronavírus. Mesmo assim, na quinta-feira, os residentes derrubaram as barricadas e se juntaram no parque.

Eles dedicaram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas antes de gritar slogans, tais como “Vamos lutar pela liberdade!”.

Os participantes também expressaram oposição à decisão da China de introduzir uma lei de segurança nacional para Hong Kong. Eles receiam que a legislação, que poderia ter como alvo as atividades contra o governo no território, evite a realização de comemorações do incidente da Praça da Paz Celestial a partir do ano que vem.

Igualmente na quinta-feira, manifestantes se juntaram em outras partes de Hong Kong para clamar por liberdade e democracia no território. Segundo relatos, alguns tiveram confrontos com a polícia e foram detidos.(NHK, emissora pública do Japão)