Saúde na Escola desenvolve ações de prevenção à gravidez na adolescência em Goiânia
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promove o Programa Saúde na Escola (PSE), que é desenvolvido dentro das instituições municipais, com frentes em diversas áreas da saúde. Uma delas é a prevenção da gravidez na adolescência, que tem iniciativas focadas no direito sexual e reprodutivo e também na paternidade precoce.
Dentro das instituições, equipes do Programa Saúde na Família (PSF) com os educadores promovem reuniões mensais com palestras, rodas de conversa e material educativo, com alunos e familiares. Dentre os temas trabalhados para a prevenção da gravidez na adolescência estão a consciência corporal, conhecer o próprio corpo e seus limites é fundamental, e o direito reprodutivo de cada um.
Além disso, o programa atua na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, HIV, gonorreia, entre outros. Faz parte desta etapa o monitoramento da vacinação contra o HPV, o papilomavírus humano, obrigatória para mulheres a partir dos 9 anos de idade.
O diferencial na abordagem do município de Goiânia é o foco na responsabilização dos meninos, pais precoces. De acordo com levantamento feito por SME e SMS, grande parte dos que engravidam adolescentes são também adolescentes. Marislei Brasileiro, responsável pela área da saúde na Educação, conta que orientar os garotos nesta fase da vida é de suma importância para a prevenção das gestações, principalmente as indesejadas.
“Falar de gravidez sem falar de paternidade precoce é falar de maneira parcial, focamos também na questão da paternidade e responsabilidade desses meninos, das formas de prevenção, dos aspectos legais de paternidade, auxílio alimentação, que eles correm o risco de terem que parar de estudar para trabalhar. Focamos também na responsabilidade dos avós”, conta a professora e enfermeira.
De acordo com a profissional, é objetivo do poder público fazer com que esses adolescentes não evadam da escola e, sempre que necessário, encaminham os casos para secretarias parceiras, como a de Assistência Social (Semas), e para o departamento de mediação de conflitos da SME.