Produção industrial goiana cresce 2,3% em plena pandemia
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) regional de abril demonstra crescimento para Goiás de 2,3% em abril, comparado com o mês anterior. Trata-se do segundo melhor desempenho positivo do levantamento regional do IBGE, atrás do Pará, que teve crescimento mensal de 4,9%. Esses foram os dois índices positivos no mês, na contramão do desempenho nacional, de queda de 18,8%.
O Estado que obteve o pior resultado foi o Amazonas (-46,5%), seguido do Ceará (-33,9%). Os demais Estados e regiões pesquisados recuaram na casa de dois dígitos em relação ao mês anterior, à exceção de Pernambuco, Goiás e Pará. A performance nacional reflete o agravamento dos efeitos do isolamento social (por conta da pandemia da Covid-19), que afetou o processo de produção no País. No índice nacional, 8 dos 15 locais pesquisados atingiram seu resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica.
Igualmente, essa performance negativa coincide com os resultados do mês de abril da pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e retrata os danos causados à indústria pela redução intensa e duradoura na demanda, em consequência da pandemia do novo coronavírus. Apenas em abril deste ano, a indústria relata perdas de 23,3% do faturamento, queda de 19,4% nas horas trabalhadas na produção e redução de 2,3% no número de empregados. Em março, os três índices já haviam registrado queda. Saiba mais aqui.
Em Goiás, as informações positivas refletem as características da base produtiva local. Em relação a abril de 2019, Goiás igualmente ficou no lucro, com um resultado bem menos expressivo, porém de destaque em relação aos demais Estados que tiveram queda, salvo o Pará. A variação foi de 0,4%. Outro resultado que chamou a atenção para Goiás foi no acumulado em 12 meses, onde ficamos entre os cinco resultados positivos da pesquisa, especificamente o segundo melhor resultado, aquém apenas do Rio de Janeiro (5,2%). Contudo, sobressaindo-se em relação ao Pará (2,5%), Paraná (1,7%) e Amazonas (0,3%).
Dos resultados goianos que mais contribuíram para a composição da Taxa de Crescimento da Indústria Geral em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, tem-se a indústria alimentícia, com expansão de 2,16%, seguida da fabricação de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, com 1,47%. Destaque também para a indústria extrativa, que cresceu 1,62%, em relação a março. Dentre os resultados negativos, o que mais chama a atenção é o de fabricação de veículos automotores, com queda de 4,24%.
Os resultados para o mês, em relação a Goiás, foram acima das expectativas mais otimistas. Tinha-se uma percepção de queda, porém não acentuada e nem tão pouco representativa em relação aos demais Estados, algo em torno de 2,7%. Isso não se confirmou, quer pelas características de nossa indústria, quer pelos esforços dos empresários locais em manterem suas atividades em funcionamento.
Ao longo do ano, os produtos que têm tido comportamento mais favoráveis são: fosfatos de cálcio naturais, fosfatos aluminocálcicos e cré fosfatado, minérios de cobre em bruto ou beneficiados (extrativa mineral); açúcar, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, milho preparado ou conservado (alimentício); álcool etílico, biodiesel (derivados do petróleo e biocombustíveis), dentre outros produtos. (Informações: Assessoria Econômica – Cotec/Fieg)