Indústria da confecção prevê demissão de 30 mil se não abrir imediatamente
“As indústrias de confecções e os segmentos que compõem a cadeia produtiva da moda vão entrar em colapso a partir do dia 20 de junho, se não acontecer a imediata flexibilização, pela Prefeitura de Goiânia, para a abertura de suas lojas de atacado e varejo, nas várias regiões de comércio de atacado de varejo de confecções da capital (Região da 44, Avenida Bernardo Sayão, Avenida 85, entre outras). A inevitável demissão atingirá diretamente cerca de 30 mil postos de trabalho e a família de cada trabalhador, com prejuízo à renda familiar de mais de 100 mil pessoas. Indiretamente, dentro da cadeia produtiva da moda, haverá prejuízo à renda familiar de cerca de 1 milhão de pessoas.”
O dramático alerta é feito pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral de Goiânia (Sinroupas), Edilson Borges de Sousa. Ele pondera que a Prefeitura não se mostra sensível a um dado concreto, de que a suspensão temporária de 60 dias de contratos de trabalho, autorizada pela Medida Provisória do governo federal, vence agora, no dia 17 de junho. “Com isso, se agiganta uma pergunta sem resposta: como o setor de confecção, que está 100% parado, sem nenhum faturamento, terá condições financeiras de continuar mantendo os postos de trabalho?”, indaga, lembrando que as empresas ficaram obrigadas a garantir dois meses de estabilidade para o trabalhador que teve o contrato suspenso.
Borges acrescenta que o governo federal garantiu que haveria a concessão de empréstimos subsidiados, com juros baixos e prazo diferenciado para pagamento, “mas na prática – e isso é público e notório –, isso ainda não saiu do papel e nenhuma confecção consegue empréstimo sem garantia real. Os bancos continuam a não atender à solicitação de empréstimo das empresas. As indústrias de confecções goianas e suas lojas de atacado e varejo estavam em 2º lugar no ranking nacional, mas atualmente, devido a essa paralisação, deverão retroagir para os últimos lugares e isso se deve à insistência da Prefeitura de Goiânia em colocar a Região da 44, da Avenida Bernardo Sayão, da Avenida 136, Avenida 85 e também da Avenida Goiás, onde funcionam as lojas de atacado e varejo da indústria de confecções, como responsáveis por um eventual aumento da proliferação da Covid-19.”