OVG dá exemplo de descarte correto de lixo
A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) está adotando uma série de medidas para garantir o descarte correto do lixo produzido em suas unidades. A mudança de hábito entre os colaboradores e gestores gera economia, renda para pessoas em situação de vulnerabilidade e proteção ambiental. Em tempo de pandemia, os cuidados com os resíduos também garantem higiene e proteção à saúde.
Entre as novidades implantadas pela OVG, no fim do ano passado, está a gestão adequada dos resíduos produzidos nas unidades e sede da Organização. Em mais uma parceria para o bem, dessa vez com a Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), o óleo de cozinha usado, papelão, restos de comida e copos plásticos descartáveis de todas as unidades e sede da Organização ganharam destinação correta.
Com a orientação de educadores ambientais, a OVG já colhe os primeiros frutos desse trabalho. Mais de mil copos plásticos são recolhidos na Organização pela AMMA, por mês, e levados para o horto medicinal, que fica no Jardim Botânico, em Goiânia.
Os copos usados viram recipientes para a produção de alface orgânica. Já são 4.500 mudas plantadas. O alimento, rico em nutrientes essenciais para a saúde, em fibras e de baixo índice calórico, traz mais segurança alimentar para moradores do Centro de Idosos Sagrada Família e pessoas acolhidas na Casa do Interior de Goiás (Cigo), que vêm a Goiânia em busca de tratamento médico.
As duas unidades fazem o descarte correto do lixo. Mais de 170 litros de óleo de cozinha, resíduos de frituras, já foram vendidos para uma empresa com licença ambiental, produtora de detergente. O dinheiro adquirido será revertido para a compra de canecas em acrílico para funcionários da OVG, excluindo o uso de copos plásticos.
Na Cigo, as equipes responsáveis pela limpeza encaixam os copos um dentro do outro. A medida reduziu de 600 para 200 litros dia, diminuindo drasticamente o número de sacos de lixo utilizados. Além disso, os restos de comida são cedidos para criadores de porcos. As caixas de papelão que chegam à unidade são desmontadas e repassadas para coletores de materiais recicláveis, contribuindo com geração de renda para famílias em situação de vulnerabilidade social, evitando que as pessoas revirem lixo doméstico e corram o risco de contaminação pelo coronavírus.
Na sede da Organização, papéis e papelões são coletados em todos os departamentos e vendidos para empresas de reciclagem. A gestão dos resíduos ajuda a trabalhar, entre os colaboradores, a preservação ambiental e o respeito pela coletividade.
A diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, ressalta que a destinação correta do lixo também é um trabalho social. “Ajudamos a Prefeitura, que economiza com a coleta e destinação dos materiais recicláveis e os coletores, que transformam os reutilizáveis em renda a partir da reciclagem. Além disso, mais do que nunca, é preciso ter cuidado com o nosso lixo. Não podemos esquecer que trabalhadores essenciais, como os garis, podem se contaminar pelo coronavírus”, comenta.