Acieg participa de webconferência com Hamilton Mourão e empresários goianos
A Acieg participou hoje, terça-feira (16), de uma webconferência promovida pelo Fórum das Entidades Empresariais (FEE), com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), e com representantes da classe empresarial de Goiás.
Com o tema “Perspectivas do Brasil pós Covid-19”, o encontro abordou as medidas necessárias à retomada da atividade produtiva e recuperação do emprego.
Durante a transmissão o presidente da Acieg, Rubens Fileti, questionou quais seriam as estratégias para retomar o emprego, a massa salarial e o crescimento do país. “A ampliação da massa salarial ocorreu de forma lenta em 2019. Sua relação com crescimento é direta. A previsão era melhorar para 2020. A recessão da Covid pode levar a 20 milhões de desempregados em curto prazo de tempo, quase dobrando a taxa de desemprego”, afirma Rubens, que completa: “Com as contas públicas comprometidas e as empresas arrochadas, qual a estratégia para retomar o emprego, a massa salarial e o crescimento neste cenário de arrocho?”, indaga o presidente.
Em resposta, o general da reserva disse que desde o início da pandemia o governo procurou trabalhar na harmonização de curvas negativas que iriam aparecer. “A primeira era a curva da pandemia. Nós não podíamos permitir que a doença avançasse em uma velocidade tal que não coubesse dentro do nossos sistema de saúde público”, afirmou.
A segunda curva, de acordo com Mourão, era a do emprego, com medidas que visassem mantê-lo ou obter, pelo menos, a suspensão temporária dos contratos, permitindo que após o término deste período a pessoa voltasse a trabalhar. Ele citou ainda medidas como o pagamento de parte dos salários e ações para manter a atividade econômica seja por meio de linhas de crédito ou de recursos destinados àqueles que não têm empregos formais.
O retorno ao crescimento, para ele, se dará por meio do investimento em infraestrutura. “Esta é a atividade que congrega todas as outras. Se formos construir uma ferrovia, vamos precisar de pessoas que produzam trilhos, máquinas, e tudo mais. Além disso é uma área que emprega em massa, principalmente pessoas com com menor qualificação”, completou.
Ele defendeu também a atração de recursos do setor privado, por meio do chamado blended investment. “Como investir nesta área se o governo não tem espaço fiscal para isso? Precisamos atrair parceiros [do setores] privados. O mundo tem dinheiro sobrando, nós temos que nos apresentar, atraí-los para que invistam aqui e saibam que vão receber aquele recurso nos próximos 20 anos, com um ambiente de negócio saudável e seguro.”
FÓRUM DAS ENTIDADES EMPRESARIAIS
Formado por oito entidades representativas do setor produtivo goiano, o Fórum das Entidades Empresariais (FEE) discute ações conjuntas para o fortalecimento da produção, fomento à atividade econômica e defesa e ampliação do emprego e renda.
Compõem o FEE as entidades: Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Associação Pró-desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL) e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB/GO).