Promotora defende reabertura somente após estabilização da taxa de contágio e ampliação de leitos

Publicado em 22.06.2020 às 15:45

A promotora Marlene Nunes Freitas Bueno, autora do pedido que garantiu uma liminar anulando o decreto de reabertura do comércio em Goiânia, afirmou que o Ministério Público defende que o município deve ampliar a oferta de leitos de UTI e garantir uma estabilidade na taxa de contágio do coronavírus Sars-CoV-2 antes de permitir a flexibilização.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (22), Bueno citou a sobrecarga nos leitos de UTI na capital e o avanço rápido da doença para justificar a ação que derrubou a reabertura. Para ela, quando esses indicadores demonstrarem melhora, pode-se pensar em flexibilizações. Ela destacou ainda que o baixo número de óbitos em Goiânia, que embasou a nota técnica anexada ao decreto, não é justificativa plausível.

“Na medida em que os leitos forem elevados e houver uma estabilização da curva, quando os números se mostrarem mais estáveis, entendo que é possível reabrir. Não podemos nos ater somente ao indiciador óbito. Se eu alegar que o número de óbitos não é expressivo, estou contribuindo para que esse argumento se vire contra mim. Temos que nos ater à velocidade da contaminação, ao número de leitos”, afirmou.