OMS desafia laboratórios a aumentarem produção de dexametasona
A Organização Mundial de Saúde desafiou os laboratórios farmacêuticos a aumentarem a produção do anti-inflamatório dexametasona. Reitera, no entanto, que este fármaco apenas deve ser administrado a doentes em estado grave e com supervisão médica.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, admitiu esta segunda-feira que a dexametasona “pode salvar doentes em estado grave”, mas apenas deve ser administrado a estes pacientes e sob “supervisão clínica”.
“O desafio, agora, é aumentar a produção e distribuir rapidamente, e de forma equitativa, o dexametasona em todo o mundo, focando-nos onde é mais necessário”, afirmou.
O responsável disse ainda que a procura por este medicamento aumentou depois de ter sido divulgado um estudo realizado no Reino Unido que revela que o fármaco poderá reduzir a mortalidade de doentes com Covid-19 com dificuldades respiratórias, com necessidade de oxigénio ou estar ligados a um ventilador.
“É um medicamento barato, existem muitos fabricantes em todo o mundo que podem acelerar a produção”, sublinhou o diretor-geral da OMS, exortando os países a serem solidários, a trabalharem “juntos” para que o fármaco “chegue aos países e aos doentes mais necessitados”.
Na semana passada, o presidente do Infarmed disse que o medicamento poderia já estar a ser usado em Portugal para tratar casos graves de Covid-19. No entanto, pediu cautela na interpretação dos resultados.
Rui Santos Ivo salientou que o fármaco está autorizado em Portugal desde os anos 60. (RTP, emissora pública de Portugal)