Governo Trump nega argumentos expostos por livro de John Bolton
Funcionários do governo do presidente americano Donald Trump estão ocupados lidando com o resultado do lançamento de um livro de memórias do ex-conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton.
Com título “The Room Where it Happened”, ou “A sala onde tudo aconteceu”, o livro chegou às prateleiras das lojas na terça-feira nos Estados Unidos e em outros países.
No livro, Bolton diz que Trump tentou utilizar ajuda militar para pressionar a Ucrânia a lançar investigações contra o ex-vice-presidente Joe Biden.
Bolton também afirma que Trump tentou interferir de maneira ilegal nas investigações feitas por autoridades americanas contra o banco estatal da Turquia, após reunião com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, em dezembro de 2018.
Bolton também acusa o presidente de priorizar sua reeleição, acima dos interesses nacionais dos Estados Unidos. E diz que Trump deu prioridade ao comércio com a China, em vez de se atentar a questões de direitos humanos e de segurança, que envolvem Pequim.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse em uma entrevista de rádio, na terça-feira, que ele também estava presente na sala, e que os argumentos de Bolton não refletem o que verdadeiramente ocorreu.
Pompeo disse que o Departamento de Justiça está considerando se deve responsabilizar Bolton criminalmente por vazamento de informações confidenciais.
Os Democratas deram início a uma ofensiva contra o presidente. Em um novo comercial de TV, Biden argumenta que Trump não obteve sucesso nas negociações comerciais com a China, causando enorme estrago para as indústrias americanas. A campanha de Trump, por sua vez, acusa o provável indicado do partido Democrata à eleição presidencial, de ser muito suave em relação à China.(NHK, emissora pública do Japão)