A polícia de Hong Kong negou permissão a um grupo pró-democracia para realizar uma manifestação no aniversário da devolução do ex-território britânico à China. A proibição ocorre a alguns dias da possível aprovação de uma nova lei de segurança nacional.

Manifestantes têm realizado uma marcha para marcar a data no dia 1° de julho todos os anos desde 2003. Segundo os organizadores, 550 mil participaram no ano passado.

A polícia, no entanto, emitiu uma declaração no sábado negando permissão ao evento deste ano. Ela cita como justificativa uma regra, válida até 2 de julho, que restringe reuniões com mais de 50 pessoas devido à pandemia do novo coronavírus.

A corporação também menciona incidentes violentos ocorridos ao longo do último ano em manifestações públicas e comícios. E conclui que tais reuniões são atividades de alto risco.

Jimmy Sham, líder do grupo Frente de Direitos Humanos Civis, afirma que as autoridades estão usando a pandemia como desculpa para tentar proibir cidadãos de se expressarem. Ele criticou a decisão e disse que a população de Hong Kong está perdendo a garantia a direitos humanos e à liberdade.(NHK, emissora pública do Japão )