• Saúde alerta para as doenças alérgicas durante pandemia

    Publicado em 29.06.2020 às 17:24

    As doenças alérgicas vêm aumentando no mundo todo, inclusive, no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% da população brasileira têm algum tipo de alergia e, desse percentual, 20% são crianças.

    O Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), do Governo de Goiás, alerta sobre esse problema, que tem apresentado maior complexidade e gravidade, principalmente agora, com a pandemia do novo coronavírus, ao juntar-se às estatísticas os casos da Covid-19 entre as doenças virais a serem prevenidas.
     
    De 28 de junho a 4 de julho de 2020, ocorre a Semana Mundial da Alergia, que traz como tema: “Os cuidados com as alergias não param com a Covid-19”. Segundo especialistas, embora as alergias não sejam um fator de risco para contrair a doença, algumas delas podem se tornar um fator complicador para uma pessoa que contraia a Covid-19. Os asmáticos, por exemplo, podem ter maiores complicações respiratórias, caso sejam infectados pela Covid-19.

    As doenças alérgicas podem se manifestar em todos os sistemas do corpo humano. Segundo a alergista e imunologista do HMI, Lorena Diniz, as mais comuns são as respiratórias (rinite, sinusite, asma) e cutâneas (dermatites, urticárias). Outras mais frequentes são as alimentares, alergias a medicamentos e picadas de insetos.
     
     Sintomas

    A médica esclarece que os sintomas da rinite e conjuntivite alérgicas são muito parecidos com os sintomas da Covid-19 e podem ser confundidos. Um exemplo é a perda do paladar e do olfato, que pode ocorrer numa crise de rinite e também na infecção por coronavírus. No entanto, se a pessoa estiver em tratamento, é preciso sempre seguir a orientação do alergista.

    “Apesar de não estarem no grupo de risco, as pessoas que sofrem com doenças alérgicas devem ter cuidado redobrado nestes períodos de grande circulação de vírus respiratórios. O paciente deve manter a rinite e a asma sob controle”, ressalta.

    Lorena destaca que, principalmente neste período, em que as alergias se manifestam com mais intensidade, deve-se, sobretudo, adotar medidas preventivas. “É importante manter o ambiente limpo, evitar contato com poeiras, ácaros, mofo, usar os medicamentos de forma correta e sempre consultar um especialista”.     

    Tratamento e prevenção

    No caso do tratamento das doenças alérgicas durante a pandemia, o melhor é seguir as seguintes recomendações da Asbai:
    • Antialérgicos: podem ser usados, conforme a orientação médica.
    • Medicamentos inalados contendo corticosteroides (sprays para asma, sprays nasais): podem ser mantidos, conforme a prescrição médica.
    • Corticosteroides orais: podem ser mantidos, com supervisão médica para possível revisão da dose.
    • Imunoterapia alérgeno específica (vacina para alergia): pode ser mantida, devendo ser suspensa no caso do paciente contrair coronavírus.
    • Imunobiológicos e imunossupressores: usados em algumas doenças, como na asma, urticária crônica, dermatite atópica. Podem ser mantidos, sob supervisão médica.

    Fonte: Asbai