Ismael fala de ações da SES na pandemia: “Conseguimos expandir a saúde”
O secretário de estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, assumiu a pasta no início do governo Ronaldo Caiado (DEM) e passa pelo maior desafio sanitário dos últimos 100 anos: a pandemia de Covid-19. Em entrevista ao Jornal Opção, transmitida em live na tarde deste sábado, 4, ele pontuou as ações do estado para conter a doença.
Ismael destacou que a estrutura de saúde expandiu de forma significativa, sobretudo com a criação de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) em todas as macrorregiões do estado. Foram mais de 450 leitos abertos, boa parte de UTI. Além de contratação de mais 1900 pessoas e compra de aparelhos e 4 milhões de Equipamentos de Proteção Individual. A preparação do governo, segundo o secretário era para a forte pressão que virá a partir de julho, e já era prevista. Não somente da capital, mas da interiorização da Covid-19 no estado.
“Esse discurso de que nada foi feito, não é fidedigno. Fizemos muito. Para a estrutura estadual investimos mais de R$ 250 milhões, mandamos EPI para os municípios, compramos ventiladores, direto da fábrica. Do ponto de vista de estruturação o que precisa ser feito, foi. Agora é preciso fazer também a questão comportamental”, aponta.
Chegar ao número de 2 mil leitos de UTI público é impossível chegar em pequeno intervalo de tempo, de acordo com o secretário. Esse número é apontado por estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) como ideal para tratamento dos goianos durante a pandemia.
Sobre o isolamento 14 x 14 proposto pela UFG, Ismael salienta que se não houver adoção em massa pode perder a eficácia. No entanto, reafirma que os municípios têm autonomia para adotar ou não as medidas sugeridas pelo decreto assinado pelo governador na última semana.
“Temos a oportunidade de adotarmos medidas para diminuição do número de óbitos e infectados através de medidas não contidas no estudo da UFG. Como, por exemplo, o uso correto da máscara, álcool gel e outra medidas sanitárias individuais”, aponta. “São atenuantes muito válidos além do isolamento social”, continua.