Maioria das famílias de alunos da rede municipal aprova aulas virtuais em Anápolis
Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Educação no final de junho, antes do início das férias escolares, para avaliar o grau de satisfação das famílias com o ensino remoto oferecido pela rede municipal de educação de Anápolis, aponta que a maioria aprovou a experiência, motivada pela suspenção das aulas presenciais, em 18 de março – uma das primeiras medidas do município para conter o contágio da Covid-19. Coordenada pelos gestores das unidades escolares, a pesquisa, que ouviu cerca de 80% do alunado, verificou o alcance e aproveitamento das aulas, estimando que 94,21% dos estudantes participaram do processo virtual. Dos alunos de CEIs e Cmeis (Centro de Educação Infantil e Centro Municipal de Educação Infantil), 85,43% possuem acesso à internet. Já nas modalidades Ensino Fundamental e EJA (Educação de Jovens e Adultos), o resultado foi de 70,77%. O restante dos atendimentos foi realizado por meio de materiais impressos entregues às famílias – o Guia de Orientação às Famílias, contendo atividades, material didático e instruções para o enfrentamento da pandemia, foi disponibilizado aos estudantes da educação infantil. A distribuição semanal dos conteúdos impressos para moradores da zona rural foi feita por transporte escolar. Embora haja especulação sobre volta às aulas presenciais, em Anápolis ainda não há um cronograma para este ano. A possibilidade depende da situação do município frente à pandemia, acompanhada por autoridades locais de saúde, diretamente ligadas às medidas restritivas e de flexibilização, que respeitam a matriz de risco elaborada de acordo critérios do Ministério da Saúde e em consonância com a Organização Mundial da Saúde. A previsão de retorno das aulas remotas é dia 03 de agosto. Ainda de acordo com o estudo realizado, em todas as etapas de ensino, 82,69% das famílias anapolinas avaliaram o ensino não presencial como “bom” ou “ótimo”. Gabriela Souza, mãe de duas alunas que cursam o Infantil III e IV no Cmei Amélia Jacob, relata ter ficado contente com a nova modalidade. “Para mim foi uma benção. Para elas, então, foi melhor ainda. Com os vídeos, elas ficam entusiasmadas”, conta. As duas filhas dividem o celular de Gabriela em dois turnos diferentes para acessar os conteúdos e contam com o auxílio da mãe para realizar as atividades. Para Sonja Maria Lacerda, secretária municipal de educação, os dados levantados são positivos. “Sessenta por cento dos domicílios brasileiros não contam com computador, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2019. Em uma realidade como essa, alcançar quase 100% de participação nas aulas é uma vitória grandiosa para a rede”, comemora. Segundo a chefe da pasta, um fator importante para os dados favoráveis foram as diferentes frentes de atuação da rede. “Nossas decisões e modulações foram sempre pautadas em dados e panoramas reais da nossa comunidade. Sabíamos, desde o princípio, que precisávamos oferecer acessibilidade para aqueles que não teriam acesso por meios digitais e para pessoas com deficiência, e foi isso que fizemos. Agora, a diretoria de ensino trabalhará a partir desses dados durante todo o mês de férias para que possamos aperfeiçoar ainda mais o processo, bem como voltar com uma proposta para alcançar essa pequena margem que, por alguma razão, não pôde participar das aulas”, diz a secretária.