Um mundo de tecnologia e inovação da Fieg na Campus Party
Com protagonismo no maior festival de inovação e tecnologia do mundo, Fieg, Sesi, Senai e IEL exibiram soluções inovadoras para a indústria elevar a produtividade e competividade, sobretudo diante da pandemia da Covid-19.

Uma plataforma on-line em que, diferentemente dos meios tradicionais de ensino-aprendizagem, o conteúdo é que se adapta à forma como o aluno, de forma autônoma, aprende melhor. A apresentação do case inédito de Estudo Adaptativo na Educação Profissional marcou quinta-feira (09/07) a estreia do Senai no Palco Goiás da Campus Party, maior festival de inovação e tecnologia do mundo, que este ano, devido à pandemia do novo coronavírus, teve uma edição totalmente digital.
No momento, 10 mil alunos da Rede Senai de 21 Estados, incluindo Goiás, estão fazendo o curso técnico de mecânica via plataforma de estudo adaptativo. A instituição também disponibilizou gratuitamente na plataforma conteúdos relacionados à área de mecânica para a comunidade e 30 mil pessoas se inscreveram, demanda que demonstra a grande aceitação da experiência.
Gerente executivo de Inovação e Tecnologia do Senai Nacional, Marcelo Prim ampliou a discussão com a palestra Inovação Aberta e Colaborativa na Prática, em que abordou sobre como executar boas ideias, aliando processos, competência técnica e talento. Mais de 300 internautas acompanharam os conteúdos apresentados pela instituição.
O case do estudo adaptativo foi mostrado em painel moderado pelo novo diretor de Educação e Tecnologia do Sesi e Senai Goiás, Claudemir José Bonatto, com participação do engenheiro mecânico e especialista em Educação e Tecnologia Diego Freire, da Faculdade Senai Roberto Mange, de Anápolis, e da socióloga e coordenadora de projetos com tecnologias educacionais do Senai Nacional, Paula Martini.

Durante a transmissão, Bonatto ressaltou a importância da plataforma na formação para o mundo do trabalho. “A experiência tem mostrado uma progressão maior dos alunos nos estudos, com ritmo mais acelerado de aprendizado. As lições do estudo adaptativo são problematizações que colocam o estudante no papel de um profissional em atuação, sintonizado com às demandas reais da indústria.”
Para Paula Martini, a alta procura pela nova experiência de ensino-aprendizagem mostra que as pessoas querem aprender de uma forma digital e adaptativa, com total autonomia. “A população não tem muito acesso ao computador, mas tem ao celular e a experiência do usuário na plataforma via smartphone é fantástica, tanto nos conteúdos textuais como nos multimídias, é possível ter acesso ao ensino de qualidade e totalmente voltado para o mundo do trabalho. O Senai tem potencial imenso para atuar em todas áreas por meio da plataforma para oferta aberta de cursos”, disse.
A experiência dos alunos do curso técnico de mecânica do Senai Goiás com a plataforma está sendo bastante produtiva, segundo Diego Freire. “A princípio, eles acharam que era apenas algo extra para fazer, mas logo se adaptaram, se descobriram autônomos no processo de aprendizado e ficaram motivados a se dedicar mais, já chegam nas aulas presenciais com conteúdo mais adiantado, com conhecimento consolidado. O feedback está sendo positivo e queremos inserir alunos de outros cursos na plataforma, algumas unidades de mecânica podem ser aplicadas em outros cursos”, explicou.
Até o ano que vem, conteúdos de mais três áreas tecnológicas da indústria também já estarão disponíveis no formato de estudo adaptativo: automação industrial, internet das coisas e cyber sistemas.
INOVAÇÃO – Abraçar problemas, o DNA do Senai
Quanto vale uma ideia? Numa classificação que inclui conceitos de péssima a brilhante, a resposta depende do nível de execução da ideia, observando-se os mesmos conceitos. Assim, uma ideia brilhante (20 pontos) com péssima execução (R$ 1) valeria apenas 20 reais, enquanto uma ideia boa (5 pontos) com ótima execução (R$ 1.000.000) chegaria a R$ 5.000.000.

O curioso cálculo foi feito pelo gerente executivo de Inovação e Tecnologia do Senai Nacional, Marcelo Prim, na palestra Inovação Aberta e Colaborativa na Prática – o Case Senai, ministrada por ele no palco Goiás da Campus Party, festival mundial aberto quinta-feira (09/07). Ele reiterou a máxima de que inovação vai muito além de ter ideias e pressupõe fazer as ideias acontecerem, sobretudo em momento de acelerada corrida pela inovação e tecnologia visando ao aumento da produtividade e competitividade das empresas no cenário mundial, especialmente depois da pandemia do novo coronavírus.
“O conceito de inovação aberta é mais focado na execução da ideia, do que a ideia original. Para funcionar, ela precisa de uma sistemática dos processos e de competência técnica. Não é a ideia que faz a inovação aberta, são os problemas. As empresas precisam de pessoas que as ajudem a resolver seus problemas de forma ágil e eficaz. E o DNA do Senai é abraçar problemas. Temos uma rede de institutos de inovação e tecnologia, em todo o País, que já auxiliou centenas de indústrias no desenvolvimento de processos e produtos inovadores, com 91% dos projetos entregues no prazo”, destacou Prim.
O gerente executivo alertou também sobre as oportunidades de aplicação do conceito de inovação aberta em tempos de pandemia, que exigem respostas rápidas e eficientes para minimizar os impactos provocados pela Covid-19 na vida da população e na economia. Como exemplo, ele citou as inúmeras iniciativas desenvolvidas pela rede Senai em todo o País para combater o coronavírus, que vão da manutenção de respiradores à produção de equipamentos de proteção individual.
Essas ações levaram o Senai a entrar na lista Forbes de maiores doadores contra o coronavírus. Com participação expressiva do Departamento Regional de Goiás, um dos mais atuantes do País, a instituição aparece em oitavo lugar na lista da revista Forbes, com as cem maiores empresas que mais contribuíram na pandemia. A rede coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Senai mobilizou 380 indústrias de diversos portes, entidades representativas setoriais e as federações estaduais das indústrias, somando R$ 63 milhões destinados ao combate ao vírus.
Em Goiás, a instituição também não mediu esforços para ajudar no combate à Covid-19, com o desenvolvimento de diversas ações que vão da manutenção de respiradores à fabricação de equipamentos de proteção individual (EPIs), além da criação de protótipos de uma cabine de desinfecção e de um ventilador pulmonar mecânico.
“A pandemia trouxe problemas graves, que mobilizaram pessoas e instituições em busca de soluções estratégicas e de rápida resolução, com grandes oportunidades para uso da inovação aberta. As ações desenvolvidas pelo Senai no País estão ajudando a salvar vidas, além de possibilitar a retomada gradual e segura das atividades industriais e dos demais setores econômicos. A inovação é um instrumento poderoso e fundamental para resolver problemas mundiais”, disse Marcelo Prim.
ROBÓTICA
Soluções para logística da indústria em tempos de pandemia
Desafio mobiliza jovens em competição virtual de robótica do Sesi Goiás
Iniciada quinta-feira (10/07), no primeiro dia da Campus Party 2020, a Competição Virtual de Robótica realizada até sábado (11) pelo Sesi Goiás reúne 27 equipes, das quais 20 de Goiás, 3 de Pernambuco, e 1 de Rondônia, Santa Catarina, do Rio de Janeiro e Paraná. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o desafio é criar programas para resolver problemas das indústrias, com foco em logística/distribuição, possibilitando que o produto chegue ao cliente de forma segura. A disputa é 100% virtual e envolve participantes com idade entre 14 e 30 anos.
PAINEL
No painel Sesi: Um Novo Mundo Industrial e a Robótica nas Escolas, realizado na quinta-feira (9), os professores Fernando da Silva Barbosa, Arley Gonçalves Vieira e José Nazaré Rodrigues Barros Júnior falaram sobre a experiência à frente das equipes de robótica do Sesi Planalto, Catalão e Canaã, respectivamente, e como tem sido ser professor em tempo de pandemia. Os três já trouxeram para Goiás prêmios nacionais e internacionais como vice-campeonato mundial na Nasa no ano de 2017 e o 1º lugar na Pesquisa – Temporada Internacional – Reino Unido 2016/2017.

Durante o painel, os profissionais também apresentaram o desafio que os participantes precisaram cumprir no primeiro dia da Competição Virtual de Robótica. Os inscritos tiveram de fazer a programação simulando uma empilhadeira conduzindo de forma autônoma uma carga de um ponto a outro, tal qual o processo de movimentação logística em um pátio industrial. O desafio do segundo dia será apresentado no final da tarde desta sexta-feira.
Para o professor Fernando da Silva Barbosa, um dos organizadores da prova, o maior desafio foi conseguir transmitir a distância o que é um torneio de robótica Sesi. “Trabalhamos duro para que os competidores consigam sentir essa emoção. Esperamos que os participantes gostem dos desafios.”
PREMIAÇÃO
Os vencedores da competição serão conhecidos no sábado (11), às 17 horas. O 1° lugar será premiado com uma bolsa estudos integral para os integrantes da equipe em um curso de especialização (360h), oferecida pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás). O 2° lugar será contemplado igualmente com uma bolsa de 100% para os competidores no curso de Habilitação Técnica de Nível Médio (carga horária de pelo menos 1.200 horas) disponível no portfólio de oferta do Senai no momento da realização da matrícula (senaigoias.com.br/ead). O 3° lugar também levará uma bolsa de 100% para no curso de Qualificação Profissional (carga horária de pelo menos 160 horas) disponível no portfólio de oferta do Senai no momento da realização da matrícula.
MULTISOLUÇÕES
Estágio, pesquisa, hackaton e perfil de mercado. IEL leva diversos serviços a campuseiros virtuais
Com papel fundamental para a realização da primeira Campus Party em Goiás, em 2019, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás) participa este ano da edição mundial do evento, que começou quinta-feira (9/7) e termina sábado (11/7), apresentando no ambiente virtual – com público estimado de 10 milhões de internautas em todo o mundo – suas soluções para a indústria, juntamente com as demais instituições do Sistema Fieg (Sesi e Senai), abrangendo produtos e serviços nas áreas de Desenvolvimento Empresarial e Estágio, seu carro-chefe.
A área de estágio realizará no Palco Goiás da Campus Party uma espécie de IEL em Ação – um dos principais eventos realizados presencialmente. Mais de 350 vagas de estágio começaram ser ofertadas quinta-feira (09/07) até as 18 horas de sexta-feira. As ofertas on-line são para estudantes dos ensinos médio, técnico e superior. Colaboradores especializados estão fazendo atendimento exclusivo aos internautas na busca por vagas de estágio, informações e orientações sobre o tema. Uma pesquisa virtual foi disponibilizada na tela de navegação em tempo real, exibindo o perfil dos internautas que estão navegando na Campus Party.
OBSERVATÓRIO DA INDÚSTRIA
O IEL também está disponibilizando o Observatório da Indústria, uma área da Fieg, administrada pelo instituto, voltada ao planejamento e desenvolvimento estratégico da indústria de Goiás. O Observatório (https://observatoriofieg.com.br/campusparty/) monitora os principais fatores que afetam a competitividade industrial no Estado, analisa o desempenho econômico e as tendências tecnológicas dos setores estratégicos, fornecendo informações para a tomada de decisões estratégicas.
Trata-se de uma ferramenta fundamental para startupeiros e demais empresários avaliarem o perfil mercadológico goiano para conduzirem suas empresas ou mesmo implantarem unidades em Goiás. O Observatório fornece indicadores econômicos segmentados – por setor ou região do Estado –, projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional, legislações pertinentes ao setor, projetos de incentivo e custeio ao desenvolvimento, além de prognóstico e expectativas para o setor pelos próximos anos.
Os donos de startups têm acesso a informações sobre a quantidade de empresas em um segmento específico, a localização dessas empresas, os mercados concorrente e fornecedor, além de informações sobre o perfil dos consumidores como: faixa etária, sexo e renda por região.
HACKATON GOIÁS DIGITAL 2020
O Observatório da Fieg será uma das bases para a realização do Hackaton Goiás Digital, maratona de inovação, empreendedorismo e tecnologia, na qual um time de especialistas propõe um desafio e os participantes se juntam em equipes para propor soluções.
Além do Observatório da Fieg, serão utilizados dados abertos disponibilizados pelo Governo de Goiás e por outros parceiros. As dez melhores ideias serão trabalhadas por 24 horas, com apoio de mentores, sendo escolhidas as três melhores. O 1º colocado receberá duas bolsas integrais de pós-graduação híbrida (Pós-Unique), oferecida pelo IEL Goiás, além da Bootcamp (Sebrae) e duas bolsas Fapeg/Ceia.
O IEL Goiás será representado no Hackaton pela gerente de Desenvolvimento Empresarial, Sandra Márcia, que atuará como avaliadora; pela consultora em Inovação e Gestão Empresarial, Gracielle Guedes; e pelo analista de dados Rômullo Mota, ambos como mentores.
PAINEL
Além disso, sexta-feira (10/07), a partir das 19 horas, o IEL Goiás realizará um painel com o tema Será que a Covid-19 Acelerou a Transformação Digital?, com moderação do coordenador de Mercado do IEL, Daniel Bueno, e os painelistas Joel Matos, gerente de TI e Inovação; Valdoílo Marques, gerente de Produtos e Soluções; e Sérgio Calura, empreendedor e agente de Transformação Digital.