Deputado Eduardo Prado apresenta projeto de lei para reduzir ICMS dos combustíveis
Está em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) projeto de lei de autoria do deputado Eduardo Prado (PV), que tem por objetivo reduzir a alíquota de ICMS dos combustíveis, prevista nos incisos IX, X e XII do art. 27 e excluir a gasolina e o óleo diesel da hipótese de incidência da alíquota adicional de 2% atualmente prevista no § 5º do art. 27, todos da Lei nº 11.651/1991.
“Ressalte-se que, atualmente, a gasolina é tributada, em operações internas, em 28% e, por força do § 5º do art. 27, em mais 2%, a totalizar 30%; o álcool carburante é tributado, em operações internas, em 23%; e o diesel, em operações internas, em 14%”, coloca o parlamentar, ao justificar a iniciativa dele.
E acrescenta: “Segundo dados, o governo de Goiás arrecadou R$ 4,158 bilhões com o ICMS de combustível em 2019. Como a arrecadação total do ano com esse imposto foi de R$ 17,125 bilhões, o combustível representou 24,28%. Desta forma, tendo em vista a inviabilidade de “zerar” o ICMS no Estado de Goiás, o presente projeto de lei visa reduzir o ICMS dos combustíveis, de modo a refletir diretamente no valor apresentado ao consumidor nas bombas de combustível”.
Para Eduardo Prado, essa é uma “medida que atende ao interesse público, mormente no atual contexto de grave crise econômica do país, e que constituiria, portanto, na justa participação do Estado de Goiás para o enfrentamento da alta carga tributária sobre combustíveis”.
Na sessão ordinária de ontem, Eduardo Prado subiu à tribuna para defender essa iniciativa. “Essa é uma promessa do governador e nós sabemos que político sério e honesto é aquele que cumpre o que fala. Eu resgatei a fala do governador durante sua campanha, onde ele dizia que o ICMS sobre os combustíveis era alto em Goiás”, declarou.
O parlamentar rebateu ainda o apontamento do líder do Governo, deputado Bruno Peixoto (MDB), de que a proposta seria inconstitucional. “Nós já temos decisões do STF que dão às Assembleias Legislativas a autonomia para tratar da redução de impostos”, pontuou. Prado comparou ainda o imposto que incide sobre a gasolina, o etanol e o diesel com o combustível de aviação que teve a alíquota reduzida por Ronaldo Caiado. “O que ele fala para os ricos que andam de avião deve valer também para os pobres que são fortemente afetados pelo valor dos combustíveis.”