• Vacina contra o coronavírus deve ser decisiva para realização dos Jogos de Tóquio

    Publicado em 22.07.2020 às 08:55

    O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 afirmou que o desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra o coronavírus serão um fator decisivo para a realização ou não das Olimpíadas e Paralimpíadas em 2021.

    A NHK entrevistou Mori Yoshiro já que, na quinta-feira, marca-se um ano até a nova data de abertura das Olimpíadas. Devido à pandemia, os Jogos foram adiados em um ano.

    Mori declarou que, caso as circunstâncias não mudem, os eventos não poderão ser realizados. No entanto, ele disse que o Comitê Olímpico Internacional tem a autoridade de tomar tal decisão e que não seria apropriado que ele respondesse a questões hipotéticas.

    O presidente do comitê também afirmou que não acha que a situação atual persista até daqui a um ano.

    Ele disse que controlar o coronavírus é o fator mais importante envolvido, especificamente o progresso no desenvolvimento de vacinas e tratamentos.

    Mori sugeriu que será difícil adiar mais uma vez os Jogos caso eles não sejam realizados no ano que vem. Segundo ele, as sedes de realização dos próximos eventos já foram definidas até 2028, inclusive com os Jogos de Inverno de Pequim, em 2022, e os Jogos de Verão de Paris, em 2024. Ele disse não acreditar que Paris ceda a vez de sediar o evento para Tóquio.

    Ao ser perguntado quanto a planos para reduzir o número de espectadores de forma a cortar custos e evitar o espalhamento do vírus, Mori disse ser algo difícil de ser feito na prática.

    O presidente do comitê japonês afirmou que, no momento, os organizadores não estão considerando a possibilidade de Jogos sem expectadores, mas que eles deveriam fazê-lo caso isso se torne a única alternativa possível. Em tal caso, ele afirmou que o cancelamento dos Jogos pode se tornar um cenário realista.

    Mori Yoshiro disse ainda que seria difícil encurtar a programação de revezamento da tocha olímpica pelo Japão. De acordo com ele, muitas pessoas, principalmente em cidades pequenas, estão aguardando a chance de participar do revezamento ou assisti-lo. Por isso, seria difícil encurtá-lo.

    O comitê organizador espera realizar os eventos paralelos organizados por municipalidades ao longo da rota de revezamento da tocha. Ele também estava estudando formas de deixar o revezamento mais compacto para diminuir custos decorrentes do adiamento. Uma das possibilidades era de diminuir a duração do revezamento, atualmente de 121 dias.(NHK, emissora pública do Japão)