Covid-19: Produção da vacina de Oxford no Brasil vai custar mais de 290 milhões de euros

Publicado em 1.08.2020 às 07:31

A produção da vacina da farmacêutica AstraZeneca contra o novo coronavírus, desenvolvida e testada pela Universidade de Oxford, vai custar ao Brasil mais de 290 milhões de euros, informou o Ministério da Saúde.O Ministério da Saúde prevê um investimento de 522,1 milhões de reais (84,8 milhões de euros) na estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, para ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas e tecnologia disponível para a proteção da população, bem como 1,3 mil milhões de reais (210 milhões de euros) em pagamentos previstos no contrato de encomenda tecnológica, sendo que os valores contemplam a finalização da vacina, segundo as autoridades.

O memorando de entendimento assinado esta sexta-feira com a farmacêutica “prevê o início da produção da vacina no Brasil a partir de dezembro deste ano e garante total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos tenha condições de produzir a vacina de forma independente“, pode ler-se no comunicado.

“O acordo entre (a fundação) Fiocruz (do Ministério da Saúde) e AstraZeneca é resultado da cooperação entre o governo brasileiro e (…) britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. O próximo passo será a assinatura de um acordo de encomenda tecnológica, previsto para a segunda semana de agosto, que garante acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina, das quais 30 milhões (…) entre dezembro e janeiro e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021”, acrescenta-se na mesma nota.

A vacina a produzir em Bio-Manguinhos será distribuída pelo Programa Nacional de Imunização e a assinatura deste memorando de entendimento “é mais um passo decisivo para a produção de uma vacina contra a covid-19 no Brasil, contribuindo para a soberania nacional”, asseguraram as autoridades brasileiras.

RTP, emissora pública de Portugal