Estudo indica que vírus reativou-se no Japão em meados de junho
Pesquisadores japoneses dizem que o coronavírus deve ter continuado a se disseminar no Japão sem ser detectado, após a propagação ter sido considerada contida, no mês de maio passado.
O Instituto Nacional de Doenças Contagiosas divulgou, nesta semana, os resultados de sua análise genética detalhada do coronavírus. As amostras foram tomadas de pessoas que contraíram o vírus no Japão a fim de avaliar como ele se disseminou por todo o país.
Segundo os pesquisadores, o vírus, que começou a se propagar no país em meados do mês de março é da linhagem europeia, que se originou na cidade de Wuhan, na China, e entrou no Japão através da Europa. As infecções causadas por esta cepa pareciam ter diminuído no Japão em maio.
No entanto, focos de infecção começaram a ocorrer em todo o país desde meados de junho.
Uma análise genética das amostras do vírus tomadas desses focos de infecções revelou que elas eram versões com mutações da cepa europeia.
Os especialistas dizem que nenhuma mutação na patogenia do vírus foi confirmada e que tais descobertas sugerem que o vírus continuou a ser transmitido através de portadores assintomáticos e aqueles com sintomas leves e se reativou no Japão em meados de junho.
Acrescentam que o vírus pode ter se propagado além da área de Tóquio quando as pessoas não estavam mais sendo exortadas a evitar viagens.
NHK, emissora pública do Japão