Muitas pessoas em Hong Kong estão preocupadas com a perda da liberdade de imprensa após a prisão de 10 pessoas, na segunda-feira, incluindo o magnata da mídia Jimmy Lai.

Ele é a primeira pessoa ligada à indústria dos meios de comunicação a ser presa desde que a legislação de segurança da China para o território passou a vigorar em junho passado. Lai fundou o Apple Daily, um dos poucos jornais pró-democracia em Hong Kong, onde a influência de Pequim está se alastrando.

Na terça-feira, o periódico publicou um artigo condenando as prisões, chamando-as de uma violação da liberdade de imprensa, que é garantida sob o princípio de “um país, dois sistemas”. Sob a manchete “O Apple Daily continuará a lutar”, o jornal expressou seus planos de seguir publicando em meio às pressões cada vez maiores.

Por meio das redes sociais, os habitantes de Hong Kong foram encorajados a comprar o Apple Daily como um gesto de apoio. A edição se esgotou em alguns pontos de venda antes do amanhecer, e o jornal informou que intensificou sua publicação em oito vezes, atingindo 550 mil exemplares.

NHK, emissora pública do Japão