China diz que não existe liberdade absoluta de imprensa no mundo
A China defendeu a prisão, na segunda-feira, de um magnata da mídia e ativistas pró-democracia em Hong Kong. O escritório da chancelaria da China em Hong Kong exorta a mídia estrangeira no território a “parar imediatamente de caluniar a implementação da lei de segurança nacional sob o pretexto da liberdade de imprensa”.
Na segunda-feira, a polícia de Hong Kong prendeu a ativista pró-democracia Agnes Chow e nove outros suspeitos de violar a nova lei de segurança nacional criada para o território. O magnata da mídia Jimmy Lai, fundador do Apple Daily, um jornal crítico de Pequim, também foi preso.
O porta-voz do Escritório do Comissariado da chancelaria em Hong Kong disse, na segunda-feira, por meio de uma declaração, que “os direitos e liberdades dos residentes de Hong Kong, incluindo a liberdade de imprensa, estão protegidos pela lei de segurança nacional”.
A declaração diz também que “a liberdade de imprensa é integralmente estimada” em Hong Kong e que “não existe liberdade absoluta de imprensa acima da lei em nenhuma parte do mundo”. O documento afirma ainda que “é totalmente inaceitável interferir em assuntos internos e ameaçar a segurança nacional da China e a estabilidade de Hong Kong sob o pretexto da liberdade de imprensa.”
O Escritório do Conselho de Estado para Assuntos Relacionados a Hong Kong e Macau também emitiu uma declaração, dizendo que a população de Hong Kong desfruta de direitos democráticos e liberdade mais do que nunca sob o princípio de “um país, dois sistemas”. Mas acrescenta que aqueles que prejudicarem a segurança nacional deverão ser severamente punidos.
NHK, emissora pública do Japão