Brasil tem cerca de 300 notificações de coronavírus; 132 casos já são considerados suspeitos
Subiu para 132 o número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus monitorados pelo Ministério da Saúde. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (27) e refletem o aumento da sensibilidade da vigilância epidemiológica da rede pública de saúde. Esse aumento é em decorrência da inclusão de 15 países, além da China, na relação de locais com transmissão ativa do vírus.
Durante coletiva de imprensa, o secretário-executivo da Saúde, João Gabbardo, tranquilizou a população. “O número cresceu muito nessas 48h. Evidentemente que isso se deve às mudanças de critérios de casos suspeitos, à inclusão de novos países, ao fluxo migratório significativo desses países da Europa, principalmente Itália, Alemanha e França”, detalhou.
Com as mudanças, os critérios para a definição de caso suspeito enquadram agora as pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, e tiveram passagem pela Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China, nos últimos 14 dias.
Até o momento, 16 estados informaram o Ministério da Saúde sobre os casos suspeitos. Em todo Brasil, só há um caso confirmado no município de São Paulo (SP). O novo coronavírus circula em 50 países, em cinco continentes, e já infectou cerca de 82 mil pessoas em todo mundo.
Campanha de vacinação contra a gripe
O Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha de vacinação contra a gripe. Segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, a campanha prevista para abril terá início este ano no dia 23 de março. Para a campanha, serão disponibilizadas 75 milhões de doses. “Antecipamos em 23 dias a data prevista original para essa campanha”, disse o ministro.
A vacina contra a gripe não previne o coronavírus. Mas, segundo o ministro, ela será importante para combater os demais vírus associados a outros tipos de gripes e diminuir a dificuldade dos profissionais de saúde na hora de identificar corretamente o tipo de vírus que está provocando os sintomas no paciente. “Para um profissional de saúde, quando um indivíduo tem um quadro gripal e informa que já foi vacinado [contra gripe], isso auxilia muito o raciocínio do profissional para pensar na possibilidade de outras viroses que não aquelas que são cobertas pela vacina. Ela [a vacina] é um instrumento importante porque diminui a espiral de epidemia desses outros vírus que podem eventualmente ocorrer e confundir a população”, destacou o ministro.
Com informações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde.