• Máscara vai ser obrigatória em espaços fechados das empresas em França

    Publicado em 18.08.2020 às 13:40

    O uso da máscara de proteção contra infeções por covid-19 vai ser obrigatório até ao final de agosto em “todos os espaços fechados e partilhados” das empresas em França, disse hoje a ministra do Trabalho, Elisabeth Borne.

    “É necessário sistematizar, conforme preconiza o Conselho Superior de Saúde Pública, o uso de máscaras em todos os espaços de trabalho que sejam fechados e partilhados” por várias pessoas, tais como “salas de reuniões, corredores, vestiários ou ‘open spaces’”, sublinhou a ministra, após uma reunião com os parceiros sociais.

    A medida foi decidida devido ao risco de disseminação da covid-19 através dos aerossóis (gotículas finas suspensas no ar), sendo que, até agora, o uso da máscara no trabalho era apenas recomendado quando era tecnicamente impossível cumprir o distanciamento de um metro entre cada pessoa.

    O custo deste “equipamento de segurança pessoal”, cirúrgico ou de tecido, será suportado pelo empregador, acrescentou a ministra.

    Outras medidas deverão ser definidas para os trabalhadores sazonais e as empresas que trabalham com frigoríficos, que se revelaram fontes de contaminação, disse o sindicalista Yvan Ricordeau, da Confederação Francesa Democrática do Trabalho, também presente na reunião.

    O sindicalista admitiu ter ficado satisfeito com a obrigação de uso generalizado de máscara nas empresas.

    “Para manter a produção, devem ser fornecidos elementos de segurança aos funcionários”, afirmou.

    Esta medida ficará registada “nos próximos dias” num “protocolo nacional para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores durante o período da covid-19”, referiu a ministra, admitindo que poderá haver “isenções” para algumas empresas em função do desenvolvimento da crise sanitária, do tipo de instalações comerciais e do conselho das autoridades de saúde.

    No que se refere ao teletrabalho, Elisabeth Borne assegurou que as regras irão manter-se.

    “O teletrabalho deve ser recomendado nas zonas onde o vírus circula ativamente”, afirmou, instando os parceiros a acelerar negociações para que seja possível trabalhar remotamente onde for necessário com a maior rapidez possível.(RTP, emissora pública de Portugal)