• Rei de Marrocos apela ao civismo perante uma situação “difícil”

    Publicado em 21.08.2020 às 07:45

    O monarca marroquino, Mohamed VI, mostrou-se inquieto com a “multiplicação excecional dos casos de infeção” com o novo coronavírus no reino, e apelou os cidadãos e agir com maior civismo para evitar novo confinamento do país.
    “Sem um respeito rigoroso e responsável das regras sanitárias, o número de contágios e de óbitos irá em crescendo”, alertou Mohamed VI, lembrando que, então, “os hospitais já não seriam capazes de fazer face à pandemia”.

    “Se esta tendência de aumento perdurar, a Comissão científica encarregue de acompanhar a evolução da Covid-19 poderá aconselhar um regresso ao confinamento”, acrescentou o Rei. “As repercussões sociais e econômicas seriam graves para a maioria dos cidadãos”, advertiu.
    Desde o início de agosto que Marrocos registra um pico de contágios, com uma média de mil novos casos diários. O país, de 35 milhões de habitantes, registrou esta quinta-feira 1.326 novos casos de infecção e 32 mortes, o que eleva o balanço desde março a 47.638 casos confirmados, incluindo 775 mortes e 32.806 doentes recuperados.

    De acordo com Mohamed VI, “o número de casos confirmados, o dos casos graves e o dos óbitos, aumentaram, em pouco tempo, mais de três vezes, em relação ao período de confinamento”, e “o número de infecções entre o pessoal médico registrou uma subida, passando diariamente de um caso durante o confinamento, para 10 casos recentemente”.

    Para enfrentar a pandemia, as autoridades marroquinas multiplicaram nos últimos dias as medidas de restrição de movimentos, com a colocação de carros armados e de barragens nas estradas e controlos de tráfego.

    Casablanca e Marraquexe, as capitais económica e truística de Marrocos, regressaram esta quinta-feira a um confinamento severo.

    Em várias cidades, incluindo Rabat e Tanger, os bairros afetados por surtos infecciosos foram isolados e várias praias, invadidas por multidões em busca de ar e água mais frescos, foram encerradas.(RTP, emissora pública de Portugal)