• Como otimizar o tempo das crianças durante a Pandemia

    Publicado em 28.08.2020 às 16:12

    A pandemia da Covid-19 provocou, entre outras consequências, a suspensão das aulas presenciais e, com isso, maior tempo das crianças e adolescentes em casa. Nesse contexto, a coordenadora das ações de enfrentamento e prevenção da violência da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME), Ágda Canedos, ressalta a importância de firmar compromissos entre crianças e famílias. O intuito é, com pequenas ações, passar por esse período com menor prejuízo e mais qualidade de vida e aprendizado, principalmente protegendo esses menores que estão mais tempo em casa.
    Com escolas fechadas há cinco meses, a comunidade escolar experimenta novas formas de aprendizado e o convívio em casa foi estendido. Isso requer muito diálogo e planejamento, principalmente, no campo sócio afetivo, habilidade humana que imprime regras de convivência, afeto, cuidados com o outro, solidariedade e alteridade. É importante não desconsiderar o momento que estamos vivendo e ter consciência de que o Brasil tem múltiplas realidades, com famílias em formatos diversos. Essas pessoas estão enfrentando esse momento de forma bem diferente, proporcionalmente à sua diversidade e desafios que precisam superar.
    À medida que o tempo de isolamento social se prolonga, mais se faz necessário o planejamento familiar para fazer disso uma fase de aprendizagem mais tranquila. É preciso ajudar as crianças a expressar seus sentimentos, como o medo, ansiedade e a raiva, de forma positiva. E como isso pode ser feito? “Desenhos, brincadeiras ou verbalmente, cada uma tem seu jeito de lidar com essa situação, mas conversas claras e apropriadas para a idade, é a melhor forma de proteger nossas crianças”, esclarece Ágda.
    Integrante da Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania (Gerinc) da SME, a profissional dá mais algumas sugestões didáticas que podem ajudar no planejamento da convivência familiar durante a pandemia e para além dela. A principal delas é criar uma rotina e, a partir disso: 
    * Eleger os responsáveis pelas tarefas do lar e dividi-las
    * Estabelecer hora para acordar, desenvolver as tarefas pessoais, comer e dormir
    * Monitorar e orientar as tarefas, criar reuniões domésticas permanentes e fortalecer o hábito na família de propor, discutir, encaminhar e avaliar as rotinas em casa
    * Investir na qualidade da comunicação para que o tempo juntos seja produtivo, afetivo e enriquecedor
    * Criar códigos não verbais para comunicação utilizando placas, desenhos, objetos para que cada momento seja compreendido pelas crianças como propício ou não para conversar
    * Lembrar-se de que não se faz necessário manter as crianças estarem entretidas o tempo todo
    * Aproveitar o momento da distração com os filhos para falar das pessoas idosas da família, das formas de vida social da sua época, das brincadeiras, dos valores construídos e de como esses valores são importantes para a vida deles
    * Aproveitar e apresente as brincadeiras antigas e brinquem com eles no momento destinado a distração
    * Em caso de convivência no mesmo espaço com avós, bisavós (idosos), explicar para os filhos a importância da troca de afeto, dá corresponsabilidade com cuidados básicos, explicando que são sensíveis e enxergam o mundo de outra forma

    “Os desafios trazidos pela pandemia são muito, contudo, mediante o planejamento e assistência, a adaptação ao chamado ‘novo normal’ pode acontecer de forma muito mais tranquila”, destaca Ágda. 

    Trabalho da Rede de Atenção
    Profissionais da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) de Goiânia, por meio da Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania (Gerinc), executam um importante trabalho, ao longo do ano, com a Rede de Atendimento no Enfrentamento à Violência. E não tem sido diferente nesse período de aulas presenciais suspensas, já que as crianças e adolescentes estão mais vulneráveis, estando em casa em tempo integral. 
    A equipe vem trabalhando arduamente durante esse período de pandemia. Apesar das dificuldades que a Covid 19 nos trouxe, também permitiu um avanço técnico por meio da tecnologia e o acesso a profissionais, com a participação de simpósios nacionais e setoriais, colóquios, reuniões e pesquisas virtuais, sempre trabalhando por melhorias nas políticas públicas que assegurem os direitos e a segurança das crianças e adolescentes, especialmente as que fazem parte da Rede Municipal de Educação da Capital.