Sandro Mabel defende incentivos fiscais e transferência automática de recursos por meio de fundos de Estados e municípios
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, participou quinta-feira (17/09) do seminário virtual Indústria em Debate: Proposta para a Retomada da Economia, em que o Ministério da Economia anunciou intenção de editar medida provisória para alavancar o Brasil em ranking de ambiente de negócios. A informação foi revelada pelo secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, que participou do encontro no lugar do ministro Paulo Guedes. Segundo ele, a MP fará o País subir 50 posições no ranking Doing Business, do Banco Mundial.
O último ranking foi feito de junho de 2018 a maio de 2019, pegando, portanto, parte do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Mostrou que o País saiu da 109ª posição para a 124ª. “Temos que avançar ainda mais rapidamente na nossa agenda. Estamos preparando uma MP para melhorar nosso ambiente de negócios – com potencial de aumentar 50 posições no ranking”, afirmou.
Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o jornal digital Poder360, o debate contou com participação do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Sandro Mabel foi um dos debatedores, ao lado de Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast); e Ricardo Botelho, CEO do Grupo Energisa, com medicação do jornalista Fernando Rodrigues, editor do Poder360.
O evento discutiu o cenário pós-pandemia e como o País deve caminhar novamente rumo ao desenvolvimento. Sandro Mabel ressaltou que o governo federal tem uma característica interessante, porque escuta os setores produtivos, diferentemente de governos estaduais, em referência – sem citar nome –, ao governo goiano. Ele reclamou do corte de 50% dos recursos do Sistema S por três meses. Sobre a reforma tributária, o presidente da Fieg apontou preocupação sobre os incentivos fiscais, dos quais Estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste dependem para que possam continuar crescendo e se desenvolvendo.
Indagado por Sandro Mabel sobre a disposição do Ministério da Economia em incluir na reforma tributária ferramenta de transferência automática de recursos via fundos de participação dos Estados e municípios (FPE e FPM), o secretário Carlos da Costa afirmou que a visão do governo é garantir o equilíbrio regional, mas ponderou que, no caso de transferência de recursos entre regiões, o governo federal tem que ter certeza de que o dinheiro está sendo bem utilizado. “Nós estamos descentralizando cada vez mais, e ao mesmo tempo garantindo que o recurso seja bem usado”, declarou. Na resposta, ele ainda anunciou intenção de vir a Goiás discutir as propostas da Fieg nesse sentido.