Governo implementou de forma “arrojada” medidas para enfrentar a Covid-19, diz Presidente Bolsonaro

Publicado em 22.09.2020 às 14:20

No discurso de abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização da Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (22), o Presidente Jair Bolsonaro disse que, “de forma arrojada”, o Brasil implementou medidas econômicas para reduzir os impactos causados pela Covid-19. Presidente Bolsonaro também destacou a eficiência do atendimento de saúde à população e o estímulo ao tratamento precoce da doença.

“Desde o princípio, alertei, em meu País, que tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”, afirmou Presidente Bolsonaro no discurso exibido em vídeo gravado. Este ano, por causa da Covid-19, os líderes mundiais enviaram gravações para a Assembleia.

O Presidente citou a concessão do Auxílio Emergencial em parcelas que somam aproximadamente mil dólares para 65 milhões de pessoas como forma de atenuar os efeitos econômicos provocados pelo novo coronavírus na vida da parcela mais vulnerável da população. “O maior programa de assistência aos mais pobres no Brasil e talvez um dos maiores do mundo”, afirmou.

O Presidente Jair Bolsonaro relatou aos líderes mundiais outras ações tomadas pelo Governo Brasileiro:


– Destinou mais de 100 bilhões de dólares para ações de saúde, socorro a pequenas e microempresas, assim como compensou a perda de arrecadação dos estados e municípios; 
– Assistiu a mais de 200 mil famílias indígenas com produtos alimentícios e prevenção à Covid-19;
– Estimulou, ouvindo profissionais de saúde, o tratamento precoce da doença; 
– Destinou 400 milhões de dólares para pesquisa, desenvolvimento e produção da vacina de Oxford no Brasil

O presidente também destacou o trabalho do sistema de saúde pública brasileiros. “Não faltaram, nos hospitais, os meios para atender aos pacientes de Covid-19”. Ele lamentou as mortes causadas pelo novo coronavírus. “A Covid-19 ganhou o centro de todas as atenções ao longo deste ano e, em primeiro lugar, quero lamentar cada morte ocorrida”, disse.

Segundo Bolsonaro, a crise deixa a lição de que não é possível depender de poucas nações para a produção de insumos e meios essenciais para a sobrevivência. “Somente o insumo da produção de hidroxicloroquina sofreu um reajuste de 500% no início da pandemia”, observou.

“Nesta linha, o Brasil está aberto para o desenvolvimento de tecnologia de ponta e inovação, a exemplo da indústria 4.0, da inteligência artificial, nanotecnologia e da tecnologia 5G, com quaisquer parceiros que respeitem nossa soberania, prezem pela liberdade e pela proteção de dados”, destacou o Presidente Jair Bolsonaro.

Ações do Governo


Desde março, uma série de medidas vem sendo implementada pelo Governo Federal para minimizar os impactos do novo coronavírus. Os gastos da União com a Covid-19 já passam de R$ 411 bilhões, de um total previsto de R$ 574 bilhões. O impacto desses investimentos é equivalente a mais de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de tudo o que é produzido no País.

Parte desse dinheiro tem sido destinada a programas que têm como objetivo superar os efeitos econômicos gerados pelo distanciamento social. Um deles é o Auxílio Emergencial, criado em abril deste ano, que já destinou R$ 200,9 bilhões a mais de 65 milhões de brasileiros.

O Auxílio é um benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, para ajudar no período de enfrentamento à crise. Inicialmente, estava previsto o pagamento de apenas três parcelas de R$ 600 ou de R$ 1.200 para mães provedoras de família.

Com a continuidade da crise, por conta da Covid-19, o Governo Federal prorrogou por duas vezes o benefício. Primeiro, para mais duas parcelas com os mesmos valores. Depois, anunciou mais quatro parcelas finais, no valor de R$ 300,00 ou de R$ 600 para as mães chefes da família. Com isso, passa a ser nove o número de parcelas pagas aos brasileiros.

Com o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, em vigor desde abril, foi possível preservar no País mais de 10,2 milhões empregos, em 1,4 milhão de empresas, principalmente nos setores de serviço, comércio e indústria.

Outra ação que está ajudando a conter os efeitos da crise é o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), uma linha de crédito para atender aos pequenos negócios no Brasil. 
Segundo a Subsecretaria de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato, do Ministério da Economia, já foram destinados R$ 28 bilhões de recursos para capital de giro desses pequenos negócios.