• “Goiânia precisa de um novo modelo de transporte, esse que está aí fracassou”, afirma Samuel

    Publicado em 15.10.2020 às 19:30

    “Vou pensar do ponto de vista de uma gestão de excelência, para transformar Goiânia na melhor capital do Brasil”, disse Samuel Almeida (PROS), em entrevista à Rádio Difusora na manhã desta quinta-feira (15/10). Além disso, destacou foco em soluções simples e viáveis para serem aplicadas já no primeiro dia de governo para áreas de Educação e Transporte.

    Uma dessas propostas apresentadas é o Vale Creche, no valor de R$300, que atenderá 8.000 mulheres que esperam por uma vaga para seus filhos. “Com apenas 1% a mais no orçamento da Educação, vamos permitir que essas mães possam trabalhar. É uma solução imediata para as famílias que não podem mais esperar”, afirma.

    Segundo Samuel, atualmente, temos a menor presença da mulher no mercado de trabalho, desde 1990. “Essas mães precisam trabalhar, colocar comida na mesa e sem a vaga na creche não têm com quem deixar seus filhos. Por isso, estou propondo o Vale Creche já para os primeiros dias de Governo. É a maneira mais rápida de resolver o problema, lembrando que não é uma solução definitiva. Serão tomadas providências para a construção desses CMEIs”, explica.

    Em 2019, a Prefeitura gastou R$ 1,031 bilhão com Educação. Desse total, os recursos do Tesouro Municipal foram R$ 790 milhões, o equivalente a 25,51% das receitas de impostos. O mínimo constitucional que deve ser destinado à Educação é de 25%. Se o Vale Creche estivesse em vigor em 2019 com a mesma estrutura de custos, as despesas com educação para fins do limite constitucional teriam sido de R$ 820 milhões, ou 26,5% das receitas de impostos, o que representaria acréscimo de apenas 1%.

    *Transporte* 

    Para o transporte público, Samuel pretende rediscutir o modelo atual. “Não adianta mais eu chamar as empresas para discutir ou licitar novas empresas se não mudarmos o modelo. Hoje, temos um trajeto negativo. Por exemplo, você tem uma linha que sai do Jardim Guanabara para ir para a Vila Itatiaia, que são próximos, e essa linha faz um percurso inverso, contrário. Vai até a Praça da Bíblia para depois voltar para o Itatiaia”, explica.

    Samuel ainda ressaltou a importância de se pensar em trajetos curtos e rápidos. “O empresário tem lucro a partir de quanto mais está lotado o ônibus. E, claro, o empresário pensa do ponto de vista do lucro, e não do ponto de vista do público. Por isso, é importante que o poder público tenha o comando disso”, completa.

    “Na minha proposta, nós vamos comprar, por exemplo, a viagem. O empresário passará a ser remunerado pela viagem e não pela lotação exagerada”, conclui.