“Precisamos pensar na vocação dos bairros de Goiânia para impulsionar o emprego na capital”, afirma Samuel em sabatina da Fieg
“É preciso pensar uma indústria limpa dentro de Goiânia, aproveitando as vocações econômicas da cidade, como é o caso das confecções”, afirma Samuel Almeida (PROS), em Sabatina da Fieg na noite da última quinta-feira (15/10). Candidato reforçou compromisso de uma gestão de excelência baseada em propostas simples, eficientes e viáveis. “Não adianta buscar soluções demoradas, é preciso atitudes urgentes que sejam aplicadas já nos primeiros dias de 2021”, completa.
A Sabatina transmitida pelo canal no Youtube da instituição, contou com a participação do vice-presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Flávio Rassi e teve mediação da jornalista Sandra Persijn.
Preocupado com a retomada da economia no pós-pandemia, Samuel destaca soluções para fomentar as vocações que Goiânia tem nos setores moveleiro, têxtil e as especificas de cada bairro. “Instituir um selo dando qualidade desse pólo moveleiro. Com isso vamos atraindo outras empresas e indústrias. O Brasil é o quarto produtor mundial de algodão, e Goiás está entre os cinco primeiros. Então, precisamos pensar uma indústria limpa nessa e, também, na vocação do município”, afirma. Ele explica que Goiás vende algodão para outros estados e compra tecido, mas Goiânia precisa ter sua própria indústria de tecido e, se eleito, Samuel vai buscar essa parceria.
Segundo o candidato, para tornar tudo isso viável será necessário que sejam feitas parcerias “com a Universidade Federal de Goiás e com tantas outras, criando também uma espécie de Sebrae Municipal para que os negócios de bairros e suas vocações sejam fomentadas pelo poder público”, reforça.
Samuel fez questão de enfatizar a necessidade que o poder público tem de fomentar e dar condições as vocações que já existem. Citando, inclusive, o caso da Região da 44, que hoje é o segundo movimento da área da moda que mais cresce no Brasil.
*Meu Bairro, Meu Emprego*
No reestabelecimento da economia dos bairros, o candidato propõe o programa Meu Bairro, Meu Emprego com foco, principalmente, dos bairros de periferia da capital. “Essa vocação vem através de parcerias, por exemplo, de entender o que é importante para a região Noroeste. Como também, a criação de um Centro de Convenções da Moda na Região Noroeste para valorizar essa produção”, afirma Samuel.
*Transporte Coletivo*
De acordo com Samuel, o modelo atual de transporte público não funciona e precisa ser resetado para se desenhar uma nova malha de linhas de ônibus e adoção de bilhete temporal. “Hoje, temos um trajeto negativo. Por exemplo, você tem uma linha que sai do Jardim Guanabara para ir a Vila Itatiaia, que são próximos, e essa linha faz um percurso inverso, contrário. Vai até a Praça da Bíblia para depois voltar para o Itatiaia. Precisamos de um novo modelo, com linhas curtas, rápidas e diretas”, enfatiza Samuel.
Segundo o candidato do PROS, atualmente a Região Metropolitana tem 6 mil pontos de ônibus, desses 3.700 estão dentro do limite de Goiânia, e a maioria estão danificados e sem estrutura para receber o passageiro. “O usuário, muita das vezes, não tem um abrigo para aguardar o ônibus. Então, como pensar em um transporte público decente? Começamos primeiro com essa boa articulação para financiamentos da área”, explica Samuel.
*Vale Creche*
Outra proposta apresentada pelo candidato durante a Sabatina, foi a do Vale Creche, no valor de R$300, que vai atender 8.000 mães que esperam por uma vaga para seus filhos. “Com apenas 1% a mais no orçamento da Educação, vamos permitir que essas mães possam trabalhar. É uma solução imediata para as famílias que não podem mais esperar”, afirma.
Segundo Samuel, atualmente, temos a menor presença da mulher no mercado de trabalho, desde 1990. “Essas mães precisam trabalhar, colocar comida na mesa e, sem a vaga na creche, não têm com quem deixar seus crianças. Por isso, estou propondo o Vale Creche já para os primeiros dias de Governo. É a maneira mais rápida de resolver o problema, lembrando que não é uma solução definitiva. Serão tomadas providências para a construção desses CMEIs”, explica.
Em 2019, a Prefeitura gastou R$ 1,031 bilhão com Educação. Desse total, os recursos do Tesouro Municipal foram R$ 790 milhões, o equivalente a 25,51% das receitas de impostos. O mínimo constitucional que deve ser destinado à Educação é de 25%. Se o Vale Creche estivesse em vigor em 2019 com a mesma estrutura de custos, as despesas com educação para fins do limite constitucional teriam sido de R$ 820 milhões, ou 26,5% das receitas de impostos, o que representaria acréscimo de apenas 1%.
“Imediatamente quando se resolve um problema da vaga na creche, também se abre uma oportunidade de trabalho nos bairros. Com o Vale Creche, essas mulheres terão a oportunidade de retornar ao mercado. É uma forma de se fomentar o emprego nos bairros”, explica Samuel.