Dra. Cristina defende parcerias para retomada da economia

Publicado em 28.10.2020 às 18:29

Com candidatura marcada por muita polêmica e reviravolta na Justiça Eleitoral, a vereadora Dra. Cristina, do Partido Liberal (PL), participou terça-feira (27/10) do Fieg Sabatina, na Casa da Indústria, em seu primeiro compromisso após a decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no dia anterior, em que ela conquistou também direito a utilizar tempo na TV e rádio. Ainda sem vice, que deverá ser decidido nos próximos dias, a candidata foi recepcionada pelo diretor da Fieg e presidente do Sinvest (Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Goiás), José Divino Arruda.

Na entrevista, conduzida pela gerente de Comunicação, Sandra Persijn, falou sobre parcerias com a iniciativa privada, concessão de incentivos fiscais, qualificação de mão de obra, investimento no transporte público, políticas públicas direcionadas para as mulheres e a necessidade de modernização da Prefeitura.

Natural de Cianorte, no Paraná, e com carreira política sólida em Goiânia, onde além de vereadora é suplente de deputado, ela estreia na disputa à Prefeitura. Na Câmara, foi relatora da renovação do Plano Diretor de Goiânia, um dos pontos alvos de crítica durante a sabatina na Fieg. “A lei que rege o Plano Diretor tem que ser revisada a cada dez anos. Ela deveria ter chegado à Câmara em 2018, porém já chegou com atraso. A atual proposta desobriga o Executivo de como e quando irá fazer”, disse ela, observando que apresentou emenda pela obrigatoriedade de a Prefeitura dar informações precisas.

Formada em educação física e fisioterapia, com especialidade em dermatologia funcional, Dra. Cristina atuou por mais de 20 anos no Serviço de Saúde Referência em Queimadura de Goiás e foi uma das fundadoras do Núcleo de Proteção aos Queimados.

A vereadora defendeu fortes investimentos visando à melhoria do transporte público, envolvendo os 21 municípios que abrangem a Região Metropolitana de Goiânia, e falou de seus planos de exigir troca da frota por ônibus com combustível sustentável e criar o “cartão de bolso terminal, que terá um tempo para ser usado, principalmente para otimizar o tempo das pessoas que passam mais de seis horas dentro dos ônibus de Goiânia.” Ela apontou dificuldades de acessibilidade na capital. “As calçadas estão inacessíveis, hoje é impossível dar a volta em um quarteirão numa calçada”, afirmou.

No processo de recuperação da economia pós-pandemia, a candidata defendeu ações conjuntas com a Fieg e o Sistema S, explicando que, em seu plano de governo, consta estabelecer parcerias com o setor produtivo e com a sociedade, “que podem e têm condições de dar sustentação para tanto”.

Segundo ela, a retomada da economia se dá fortemente pela qualificação profissional. “É preciso estabelecer uma metodologia para capacitar a mão de obra. Goiânia tem vocações estabelecidas, o polo da moda, moveleiro, agroindústria, lingerie, calçados e alimentação. Então é preciso dar qualificação, oferecer linhas de crédito”, disse, acrescentando que “para cuidar da cidade preciso de uma força-tarefa e estabelecer parcerias de forma planejada e coordenada.”

Ela se alongou no assunto, ao defender que “é importante a Prefeitura liderar esse processo de retomada da economia, que será difícil, porque terá sequelas econômicas e sociais, vai se refletir ao longo de 2021 e 2022, e nada mais natural do que estabelecer parcerias com o setor produtivo. A Fieg e Fecomércio têm total condição de auxiliar nessa recuperação”, reafirmou.

Dra. Cristina lembrou ter sido uma das vereadoras que defendeu o Sistema S quando o governo federal fez cortes em recursos do Sesi e Senai. “Eu já tive oportunidade de ir em várias escolas do Sistema e sei da qualidade do serviço que é prestado. Olha o caso do chiclete de pimenta, projeto dos alunos do Sesi que ganhou prêmio internacional na Nasa”, citou.