• OAB-GO lamenta execução de advogados e espera rápida elucidação e punição exemplar do assassino

    Publicado em 28.10.2020 às 22:35

    A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) veio a público manifestar seu mais veemente inconformismo com os assassinatos brutais dos advogados Marcus Aprigio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Cavalhaes de Assis, de 47, na tarde desta quarta-feira (28 de outubro), dentro do escritório onde trabalhavam, em Goiânia, se colocando ao lado de todos os familiares e amigos neste momento extremo. 

    Manifestou, ainda, diante do caso, o mais profundo repúdio à crescente escalada de violência contra a advocacia e cobrou das autoridades competentes célere elucidação, para que os responsáveis sejam levados às barras da Justiça e exemplarmente punidos.

    “É inaceitável que a advocacia, um serviço indispensável à Justiça e ao funcionamento do Estado, tenha se tornado uma atividade de risco em pleno século 21. Ceifar a vida daqueles responsáveis pelo direito de defesa, com execuções sumárias, é um atentado não só contra a categoria, mas contra o Estado Democrático de Direito. Condutas medievais, bárbaras e truculentas como esta devem ser rapidamente investigadas e punidas, para que a cidadania prevaleça”, disse sim nota. 

    Segundo a Ordem, as características do crime, que sugerem premeditação, são chocantes e agravam o horror dessa ignomínia. As informações iniciais dão conta de que criminosos marcaram antecipadamente uma entrevista com os advogados, entraram no escritório, sentaram-se calmamente e dispararam dois tiros contra cada uma das vítimas, sem qualquer chance de defesa. 

    “Diante desse crime inominável, a classe da advocacia está mais uma vez de luto. Quando um profissional sofre um atentado contra sua integridade física, todos os advogados são atingidos”, diz a entidade. 

    Como medida inicial, a OAB-GO designou imediatamente seu vice-presidente, Thales Jayme, e o presidente e a secretária de sua Comissão de Direitos e Prerrogativas, David Soares e Mariana França, respectivamente, para acompanhar a ocorrência no local do crime. Em outra ponta, instruiu o advogado Edemundo Dias, presidente da Comissão de Acompanhamento das Investigações de Casos de Violência Praticados Contra Advogados em Goiás, a auxiliar a autoridade policial na investigação no que possível.

    Há uma evidente escalada de violência contra a advocacia e a OAB-GO não pode e não vai ficar silente. “Atentar contra a vida dos advogados é ofender a cidadania. Este crime e qualquer outro contra a advogados e advogadas, no exercício da profissão, não pode – e não vai – ficar impune”, diz a OAB