Em sabatina na Fieg, Delegada Adriana defende incentivos fiscais

Publicado em 29.10.2020 às 18:53

Terceira colocada nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de Goiânia (Serpes/O Popular e Ibope/TV Anhanguera), a Delegada Adriana Accorsi (PT) foi entrevistada quarta-feira (28/10) no Fieg Sabatina. Concorrendo em chapa pura, tendo como vice o professor e ex-prefeito da capital Pedro Wilson (PT), a candidata foi recepcionada na Casa da Indústria pelo diretor da Fieg e presidente do Sinvest (Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Goiás), José Divino Arruda, que abriu a sabatina perguntando sobre modernização da administração pública.


Fotos: Alex Malheiros

A resposta, segunda ela, inclui a valorização dos servidores, que “são a alma da gestão” e características próprias de uma gestão dinâmica e atuante. “Precisamos valorizar, qualificar permanentemente nossos servidores, dar condições para que as novas tecnologias sejam utilizadas para facilitar o acesso dos servidores. Nós queremos que a Prefeitura se modernize a tal ponto que um empresário que precise de um licenciamento ou um alvará consiga isso de forma on-line”, disse.

Incentivos e retomada

Uma das bandeiras do setor produtivo, especialmente da indústria, os incentivos fiscais foram defendidos pela candidata do PT como instrumento de desenvolvimento, atração de indústrias, geração de emprego e renda, sobretudo neste momento de retomada da economia. “Sou favorável aos incentivos fiscais”, afirmou, anunciando que, caso seja eleita em 15 de novembro, vai estabelecer políticas para sua concessão. “O governo tem que ser sensível à necessidade da população de Goiânia. Nós precisamos de incentivos, nós precisamos de emprego e renda”, completou, anunciando também a criação de um banco comunitário.

Em meio à pandemia da Covid-19, a deputada estadual observou que seu plano de governo foi elaborado de forma democrática, depois de muitas reuniões e debates, e com sensibilidade para perceber as consequências da crise para a sociedade de forma geral e para o setor produtivo. “Nós temos empresas passando grande dificuldade, as pessoas igualmente”, ressaltou, adiantando que seu partido, o PT, defende a manutenção do auxílio emergencial concedido pelo governo federal pelo tempo que for necessário.

“Nós sabemos que as pessoas querem o emprego, para cuidar da sua família com dignidade. Precisamos ter prioridade e várias ações nesse sentido, incluindo pessoas que estão em situação de rua. Nós temos uma responsabilidade com a retomada da economia. Uma cidade tão bonita, com tanta riqueza, não pode permitir que seu povo passe fome, passe necessidade”, enfatizou, defendendo entre essas ações a ampliação de parcerias da Prefeitura com a iniciativa privada para reativar a economia e atrair indústrias para áreas de Goiânia onde possam ser instalados polos industriais e tecnológicos.

A deputada estadual anunciou intenção de desenvolver uma gestão que dialoga com a sociedade, a exemplo da ideia de criar um fórum permanente de debates com o setor produtivo para a retomada da economia em Goiânia, e anunciou parceria com o Sistema S no âmbito do projeto Cidadão do Futuro, nos moldes do antigo Cidadão 2000, destinado a garantir qualificação profissional a jovens a partir dos 14 anos, visando à obtenção do primeiro emprego, além de atividades culturais e esportivas para crianças. “Goiânia será uma cidade com inclusão social. Nosso lema é Nenhuma Criança Fora da Escola, Nenhuma Criança Fora do Cmei”, preconizou.

“Queremos ter uma grande ação aí, quero ser a grande parceira do Sistema S, apresentar uma perspectiva de vida por meio de chance do primeiro emprego e a Prefeitura fará isso com o Sistema S para capacitação profissional voltada ao trabalho”, disse.

A candidata foi abordada ainda sobre a questão do transporte em Goiânia e na Região Metropolitana e disse que é preciso “romper a omissão pública” nesse sentido, anunciando que, caso eleita, no primeiro dia do mandato chamará as empresas concessionárias para exigir o comprimento dos contratos, a troca frequente de ônibus, a acessibilidade, que é lei mas não é cumprida, e a disponibilização de linhas de acordo com as necessidades dos usuários.