Em reunião com a Polícia Civil, OAB-GO pede elucidação de assassinatos de advogados em Goiás

Publicado em 3.11.2020 às 19:28

Em reunião com o delegado-geral da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (3/11), uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) pediu a conclusão dos inquéritos de seis advogados assassinados em Goiás desde 2004, crimes que ainda não há respostas.

Nos últimos 16 anos, 25 advogados foram mortos no estado, confirma o presidente das Comissões de Segurança Pública e Política Criminal e Apuração de Crimes Violentos Contra Advogados, Edemundo Dias. No entanto, segundo ele, ainda faltam alguns casos para serem solucionados.

“O motivo desta reunião é para, primeiramente, agradecer o empenho da Polícia Civil em solucionar os casos bárbaros que afrontaram a advocacia em Goiás nos últimos anos. Depois, pedir a solução de todos os casos que ficaram inconclusivos”, afirma. O delegado-geral da PC, Odair José, reafirmou o compromisso em analisar cada caso e dará um retorno à seccional sobre o que falta para a conclusão dos homicídios. 

Marcus Aprigio e Frank Cavalhaes
No encontro, os representantes da OAB-GO também agradeceram o empenho das forças policiais no caso dos advogados Marcus Aprigio e Frank Cavalhaes, brutalmente assassinados na últma semana em Goiânia, mas pediram para seguirem com as investigações. “A versão de latrocínio não convence”, afirmou Edemundo Dias. A direção da PC reafirmou que trabalha para descobrir a real motivação dos homicídios.

Estiveram presentes na reunião: o delegado-geral da PC, Odair José, a delegada-geral adjunta, Letícia Araújo, além do presidente das Comissões de Segurança Pública e Política Criminal e Apuração de Crimes Violentos Contra Advogados, Edemundo Dias, e do presidente da Comissão Especial de Porte de Armas, Daniel Alvarenga.

No encontro, também foi discutido um convênio entre a OAB/Casag e a Polícia Civil para a realização de um curso de treinamento e capacitação de advogados e advogadas na utilização de armas de fogo. A iniciativa terá o custo das munições, com 150 disparos.(Fonte OAB-GO)