A campanha de Donald Trump pediu esta quarta-feira uma recontagem dos votos no Wisconsin, argumentando que “tem havido relatos de irregularidades em vários condados que levantam sérias dúvidas sobre a validade dos resultados”. Os resultados dão a vitória a Joe Biden neste Estado, contribuindo com dez votos eleitorais adicionais para o candidato democrata.“Apesar da votação pública ridícula usada como tática de supressão de eleitores, Wisconsin tem sido uma disputa frágil como sempre soubemos que seria. Tem havido relatos de irregularidades em vários condados de Wisconsin, que levantam sérias dúvidas sobre a validade dos resultados. O presidente está muito perto de solicitar uma recontagem e faremos isso imediatamente”, disse Bill Stepien, gestor de campanha de Donald Trump.
Winsconsin já terminou a contagem dos votos, dando a vitória a Joe Biden neste Estado. O candidato democrata soma, assim, mais dez votos do Colégio Eleitoral.No total, Biden contabiliza agora 237 votos eleitorais e Donald Trump continua com 213. Para vencer as eleições, o candidato precisa de 270 votos eleitorais. 

Trump já tinha publicado um tweet onde acusa os democratas de estarem a “a encontrar votos para o Biden em todo o lado — Pensilvânia, Wisconsin e Michigan. Tão mau para o nosso país”.
Restam ainda apurar os resultados de seis Estados norte-americanos, mas se Biden conseguir manter a liderança no Arizona, Nevada e Michigan, garante a vitória à Casa Branca. 

Durante a madrugada desta quarta-feira, Donald Trump já tinha denunciado “fraude” eleitoral e garantiu mesmo que vai recorrer ao Supremo Tribunal para suspender a contagem dos votos.
Para além de Wisconsin, Trump pediu também a suspensão da contagem dos votos em Michigan, onde Joe Biden tem atualmente uma vantagem com uma margem estimada de 20 mil votos. 

A campanha republicana alega que “não foi fornecido acesso significativo a vários locais de contagem para observar a abertura das urnas e o processo de contagem”. “Também pedimos a revisão das urnas que foram abertas e contadas enquanto não tínhamos acesso significativo”, disse o director de campanha.(RTP, emissora pública de Portugal)