Antares irá aumentar competitividade da indústria goiana
Um empreendimento que irá somar e solidificar a forte vocação do Estado de Goiás para o setor de logística. Essa foi a avaliação dos conselheiros e empresários que acompanharam o webinar sobre a implantação do Polo Aeroportuário na Região Metropolitana de Goiânia, promovido quinta-feira (26) pelo Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Fieg, com participação do diretor da Antares, Rodrigo Neiva. Com investimento estimado de R$ 100 milhões, o empreendimento Antares – Polo Aeronáutico promete atrair empresas de táxi aéreo, serviço aeromédico, manutenção, hangaragem, escolas para formação de pilotos e estrutura de apoio, com comércio, restaurantes e hotel, além de indústrias do setor aeroespacial.

O presidente do Coinfra/Fieg, Célio Eustáquio de Moura, destacou a relevância do projeto, cujo impacto da operação, segundo ele, ultrapassa os limites do município de Aparecida de Goiânia e da Região Metropolitana de Goiânia. “É um empreendimento que deve atrair muitas empresas e grandes investimentos, desdobrando em geração de empregos e, sobretudo, consolidando Goiás como estratégico polo logístico do Brasil, ligando as regiões Sul e Sudeste ao Norte e Nordeste do País. Para as empresas instaladas em Goiás, a estrutura traz ainda mais competitividade para o que é produzido aqui”, observou.
Segundo o diretor da Antares, Rodrigo Neiva, estima-se que a implantação do polo vai promover a criação de 2.250 empregos fixos e cerca de 3 mil postos indiretos, além de atrair 450 empresas ligadas ao setor de aviação para o local. “O entorno do empreendimento será transformado, com aumento de empregos, incremento da abertura de empresas e fortalecimento de toda a cadeia produtiva”, afirmou. De acordo com o empresário, hoje há uma grande demanda reprimida na aviação comercial e a proposta é consolidar a Região Metropolitana de Goiânia como hub do setor no Brasil.
“A demanda da aviação comercial está intensa e Goiânia já é o segundo maior hub do Brasil. Temos um gargalo grande entre oferta e procura. O Antares proporciona a segurança jurídica necessária para as empresas do setor ampliar seus investimentos. Estamos no centro do País, nossa localização é estratégica, somos o trevo do Brasil”.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), Leopoldo Moreira Neto, considerou o empreendimento um salto para o município. “Aparecida ganha em visibilidade, em geração de emprego e em desenvolvimento econômico”, disse, ao reforçar que acompanhou os desafios para implantação do projeto e parabenizar os empreendedores pela ousadia e resiliência nessa jornada.
Nesse sentido, Rodrigo Neiva ressaltou que o projeto é fruto de uma década de trabalho e envolveu a obtenção de diversas licenças, inclusive junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), além de legislação municipal que proporciona incentivos fiscais, como alíquota reduzida de ISS e IPTU e isenção de ITU. “O município de Aparecida de Goiânia entendeu a importância de capitanear esse processo. Foram necessários dez anos para fazermos os estudos para obtenção de todas as licenças e autorizações públicas. O empresário que escolher investir no Antares tem 100% de segurança jurídica, com toda documentação necessária para execução das atividades”.
Esse foi o segundo encontro de representantes da Antares – Polo Aeronáutico com lideranças da Fieg neste mês de novembro. Anteriormente, em reunião presencial com o presidente da Federação das Indústrias, Sandro Mabel, o vice-presidente André Rocha e outros diretores, as lideranças empresariais já haviam manifestado que o projeto do Polo Aeronáutico consolida a vocação nata de Goiás para os serviços de logística, como também agrega muito a setores da economia goiana.
Sobre o Antares
Com 209 hectares de área, o Antares Polo Aeronáutico será voltado para aviação executiva, manutenção e operações logísticas. Terá pista de 1,8 quilômetros, terminal de embarque e desembarque, posto para abastecimento, pista de acesso aos hangares (taxiway), área para Fixed Base Operator (FBO), estacionamento para visitantes e área para helicentro, além de outros serviços relacionados direta e indiretamente à aviação geral, que poderão adquirir áreas para se instalarem em seu entorno.
São 654 mil m² de área destinada para receber hangares de aviação executiva, de manutenção de aviões, escolas de aviação, empresas de compra e venda de aeronaves, peças e fornecedores em geral. A estrutura de apoio e a pista têm previsão de início de obras para 2021 e ficarão prontas em 2024. O projeto é capitaneado pelas empresas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações. (Com informações da agência Comunicação sem Fronteiras)