• OMS garante que tudo fará para saber a origem do coronavírus

    Publicado em 30.11.2020 às 20:56

    Questionado sobre a missão anunciada pela OMS para ir à China investigar a origem do novo coronavírus mas que ainda não partiu para o terreno, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, reiterou esta tarde que a organização está a “fazer tudo para saber a origem”.

    “Esta é uma questão técnica apesar de haver quem a queira politizar. Estamos a fazer tudo o que podemos, mas baseados na ciência”, afirmou durante a conferência de imprensa da orgzanização a partir da sede da organização, em Genebra.

    A questão da missão à China relaciona-se com acusações, nomeadamente da administração norte-americana, sobre a alegada subserviência da OMS à China.Pequim tem afirmado que a origem do vírus não foi Wuhan, cidade onde a pandemia registou os primeiros casos de Covid-19 no final do ano passado, mas sim um país externo, ainda não nomeado.Ghebreyesus saudou entretanto a “primeira descida desde setembro” no número de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 na Europa, ressalvando que “qualquer avanço pode ser rapidamente perdido” no combate à pandemia. 

    O diretor-geral da OMS afirmou que na semana passada se verificou uma redução em novos casos, sobretudo conseguida no continente europeu, “devido à eficácia de medidas difíceis, mas necessárias” de restrição à liberdade de movimentos das populações.  

    Contudo, recomendou “extrema cautela” na análise destes resultados, indicando que em outras regiões do globo tal não se verificou. 

    Apontando para a época festiva de dezembro, comum a “muitas culturas e países”, afirmou que “estar com família e amigos não justifica colocar ninguém em risco”.

    “A pandemia mudará como se celebra, mas não significa que não se possa celebrar”, declarou, defendendo que um dos cuidados principais será evitar viagens e recomendando que se celebre dentro de cada agregado familiar “evitando ajuntamentos com agregados familiares diferentes”.

    Se se juntarem vários agregados, deverão fazê-lo “no exterior, se possível”, e devem também evitar-se “centros comerciais cheios”, optando por alturas em que haja menos aglomerados ou por fazer compras pela Internet.(RTP, emissora pública de Portugal)