Incrementar a economia sustentável em todo o Brasil. A meta é ousada, mas é esse o foco de dois projetos liderados pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), por meio do Conselho Temático do Agronegócio (CTA). As propostas foram detalhadas pelos presidentes da Fieg, Sandro Mabel, e do CTA, Marduk Duarte, durante o 5º Congresso Internacional de Biomassa (Cibio), realizado de 2 a 4 de dezembro em ambiente 100% on-line.

“Queremos fazer projetos grandes de biomassa em Goiás e multiplicar a iniciativa junto às federações das indústrias de outros Estados. Temos espaço para promover florestas plantadas. O Brasil precisa de energia para crescer, e não podemos contar somente com a riqueza hídrica para solucionar o atual gargalo energético do País”, afirmou Sandro Mabel na abertura do congresso, que contou com presença do presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABDG), Carlos Evangelista; do CEO do Grupo FRG, Tiago Fraga; do pesquisador José Dilcio Rocha, da Embrapa Territorial; e da consultora Danusia Arantes.

Debatedor do painel Políticas Públicas para Energias Renováveis, o presidente do CTA, Marduk Duarte, detalhou os projetos Goiás Estado Silvícola e Goiás Energia Verde. As duas propostas foram elaboradas pela Fieg, em parceria com entidades representativas do setor produtivo, para o fomento de atividades relacionadas à silvicultura e à cogeração de energia no Estado.

“Queremos transformar Goiás em um Estado silvícola no Norte, Nordeste e Oeste. Para isso, temos que atrair térmicas para essa região para criar um maciço florestal atrativo”, expôs Marduk, ao detalhar que essa é a meta macro, mas que, no primeiro momento, o gatilho é a cogeração dentro das indústrias.

“Quando entendemos que essa cogeração cria uma cultura energética em vários polos do Estado, nós desenvolvemos dois projetos: Goiás Estado Silvícola e Goiás Energia Verde. A ideia é que os projetos sejam incubados no Estado, mobilizando o setor produtivo e sem descartar diferentes fontes energéticas.”

O empresário explicou ainda a mobilização que a Fieg busca fomentar em todo o Brasil, levando a proposta para as demais federações das indústrias por meio do Sistema CNI. “Imagina se cada federação abraçar um projeto para desenvolvimento de energia renovável para suas indústrias a partir de seus sindicatos organizados. O impacto na economia sustentável de nosso País no médio e longo prazo será enorme”, afirmou com entusiasmo.

Alinhado com o posicionamento do presidente da Fieg, Sandro Mabel, Marduk reforçou que os projetos liderados pela Federação das Indústrias são oportunidades de novos caminhos para a solução do gargalo energético enfrentado em Goiás e no Brasil.

O Cibio é um evento anual, coordenado e organizado pelo Grupo FRG Mídias & Eventos, que conta com apoio das principais associações e entidades ligadas ao setor da biomassa no Brasil e exterior. O congresso discute a nova fase da matriz energética brasileira e a busca por tecnologias limpas para geração de energia com foco no crescimento do País.