• Projeto de revitalização do centro de Goiânia, apresentado na Comissão de Educação da Assembleia, prevê parceria com iniciativa privada

    Publicado em 9.03.2020 às 21:14

    Durante a audiência pública realizada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, o arquiteto e urbanista, Renato Rocha apresentou o projeto de revitalização de uma das áreas mais importantes de Goiânia, o centro da cidade. Intitulado “A cidade do futuro e as requalificações urbanas – Via Cultural e Gastronômica do Centro de Goiânia” o projeto prevê a revitalização dos espaços públicos da região, contemplando uma área de 1400 metros, que fica entre a unidade do Sesc Centro até o Teatro Goiânia.

    Renato propôs que a requalificação seja feita por trechos e comece pela Rua 3 do setor, com intervenções nas calçadas e implantação de painel simulando uma cachoeira e simbolizando uma das belezas naturais do Estado. A proposta também contempla a preservação do estilo art decó presente em todo centro e ainda a revitalização do Mercado Municipal, Colégio Lyceu de Goiânia e Beco da Codorna.

    Segundo o arquiteto, a ideia principal é fazer com que a população utilize os espaços públicos, e que a região seja pensada para o homem e não para os veículos. “A revitalização do Centro também vai colaborar para resolver um problema social da região e ajudar a melhorar a segurança no setor. Além disso, as intervenções vão tornar o lugar mais atrativo e aumentar a circulação e ocupação dos cidadãos nos espaços públicos”, destacou.

    A proposta de Renato Rocha se difere das outras já apresentadas e tem grandes chances de ser executada, já que, o arquiteto propôs que as intervenções sejam feitas em parceria com as iniciativas privadas. 

    O Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, Talles Barreto (PSDB), elogiou o projeto, mas reforçou que é preciso entender que essas intervenções e ações só serão válidas se tiverem pessoas para ocupar os espaços requalificados, e isso só vai ocorrer se forem promovidas iniciativas para tornar o centro atrativo. 

    O coordenador do Plano Diretor de Goiânia, Ariel Viveiros, destacou que apesar da proposta ser boa, não foram levados em consideração, os reais custos para fazer as intervenções. “ É muito salutar a discussão, mas a viabilidade financeira de tudo isso é muito difícil. Para se ter uma ideia só a fiação subterrânea na Rua do Lazer ficou em mais de 1 milhão de reais. Imagina isso no Centro todo”, explicou Ariel.