Balança comercial goiana despenca e fecha janeiro com pior resultado das últimas três décadas
O Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fieg divulgou, nesta sexta-feira (05), análise dos dados da balança comercial goiana no mês de janeiro. Com recuo expressivo das exportações e aumento das importações, sobretudo de energia da Argentina, foi registrada retração de 136% do saldo comercial, na comparação com dezembro/2020. Quando comparado aos números de mesmo período do ano passado, o tombo é ainda maior, queda de 272%.
De acordo com relatório técnico do CIN/Fieg, a balança comercial goiana registrou déficit de R$ 91 milhões, pior resultado dos últimos 30 anos. Dentre os principais fatores que influenciaram no resultado negativo estão o recuo na exportação de grãos, principalmente pela sazonalidade da safra, e a importação de energia, causada sobretudo pela escassez hídrica nas hidrelétricas.
Para a coordenadora do CIN/Fieg, Johanna Guevara, a pandemia evidenciou ainda mais a necessidade da industrialização de commodities em Goiás. “O resultado mostra o quanto somos dependentes da exportação in natura. Precisamos agregar valor e ampliar a exportação de produtos, mesmo que semimanufaturados. Assim, teremos um melhor equilíbrio comercial”, analisou.
No total, Goiás exportou R$ 370,9 milhões e importou R$ 462 milhões em janeiro/2021, registrando, respectivamente, recuo de 35% e incremento de 46% na comparação com dezembro/2020. Com o resultado, o Estado caiu duas posições no ranking nacional de exportadores (de 9ª para 11ª). No ranking de Estados importadores, também houve mudança de duas colocações, mas dessa vez para cima, saindo de 11º para 9º lugar.
Confira, aqui, íntegra do relatório analítico do CIN/Fieg.