• Gestão financeira de Goiânia é referência para São Caetano do Sul

    Publicado em 12.02.2021 às 20:32

    Depois de Campinas e Ribeirão Preto, São Caetano do Sul é o terceiro município a buscar na Capital goiana exemplo de boas práticas na área fiscal. O objetivo da atual administração da cidade paulista é conhecer o sistema de fluxo financeiro, ferramenta estratégica adotada pela Prefeitura de Goiânia para alcançar o equilíbrio fiscal. Uma comitiva de São Caetano do Sul vem à cidade no mês de abril.

    O primeiro diálogo sobre o assunto ocorreu por meio de plataforma virtual nesta sexta-feira (12/2) entre os secretários de Finanças de Goiânia, Alessandro Melo, e da Fazenda de São Caetano do Sul, Jefferson Cirne da Costa. “Apresentamos o conceito básico do fluxo financeiro e conversamos sobre como funciona. A comitiva virá em abril para conhecer o sistema de forma mais aprofundada e para participar de uma reunião de fluxo, que ocorre uma vez por mês”, explica o secretário Alessandro Melo. O superintendente do Tesouro, Eduardo Scarpa, e a secretária executiva, Letícia Vila Verde, também participaram das discussões.  

    “A comitiva virá à cidade em busca de conhecimento sobre como o fluxo aplicado à gestão pública contribui para o planejamento, o desenvolvimento da da capacidade antecipatória, como Goiânia se preparou e conseguiu desenvolver eficientes mecanismos de gestão de crise”, explica Alessandro. O fluxo financeiro, inclusive, é objeto de estudo do Institute of Global Innovation da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). A Capital e outras três cidades do país – São Paulo, Recife e Manaus – integram o projeto Financial Resilience of Contemporary Cities (Resiliência Financeira em Cidades Contemporâneas), que coleta experiências bem-sucedidas e também dificuldades na gestão financeira de municípios. 

    Os pesquisadores concentram as atenções nas medidas de austeridade fiscal, na criação de fluxo financeiro e no Programa de Automação de Gestão (Page), medidas definitivas para que Goiânia colocasse fim ao déficit de quase R$ 31 milhões por mês e, em um intervalo de apenas dois anos, se tornasse superavitária. Além das universidade do Reino Unido e de São Paulo, de forma global, integram a proposta pesquisadores das universidades Alpen-Adria de Klagenfurt, na Áustria; Paris-Dauphine, na França; do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Federal do Pará (UFPA); Fundação Getúlio Vargas (FGV), e especialistas em governança do setor público do Public Sector Accounting & Governance in Brazil.