Goiânia vive seu pior momento na pandemia
Em reunião com prefeitos da Região Metropolitana e com o governador Ronaldo Caiado, os prefeitos de Goiânia, Rogério Cruz, e Aparecida, Gustavo Mendanha, apresentaram os números da Covid-19 nas duas cidades e as prováveis medidas de endurecimento no combate ao coronavírus. Rogério Cruz lembrou que a capital vive o seu pior momento desde o início da pandemia e que agora medidas mais restritivas precisam ser adotadas para evitar um possível colapso no sistema de saúde pública.
“Vários estados enfrentam problemas ainda mais graves que nós. Queremos evitar isso. Queremos fazer com que nosso Estado e Goiânia tenham condições de arcar com sua responsabilidade, que é zelar pela saúde das pessoas”, afirmou.
O prefeito destacou que muitas pessoas não têm levado a situação a sério e que por isso a Prefeitura tem se preocupado tanto com a fiscalização dos decretos. Ele recomendou que as gestões apostem na fiscalização e orientação à população.
Presente no encontro, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, frisou que o instinto de sobrevivência motivou a reunião.
“Estamos buscando o entendimento dentro da razoabilidade. Nosso temor é que pessoas morram sem respiradores por conta da Covid-19”, assinalou.
Durante a apresentação dos dados da capital, o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, reforçou o pedido do prefeito Rogério Cruz e afirmou que a capital já está caminhando para o colapso na Saúde, com falta de vagas de UTIs e enfermarias para o tratamento da Covid-19. “Estamos vivendo a situação mais crítica de toda a história dessa pandemia, na quarta-feira (24/2), por exemplo, o município de Goiânia passou a madrugada com um (01) leito de enfermaria e tínhamos pacientes em uma UPA de Aparecida aguardando vagas”, contou o titular da SMS.
“Se não agirmos agora, de forma mais dura, estaremos aqui na próxima vez discutindo as piores situações possíveis”, afirmou Durval.
De acordo com dados da testagem ampliada realizada nesta sexta-feira (26/02) na região da Rua 44, a segunda onda da Covid-19 registra mais casos positivos do que na primeira. Em 2020, o número de casos positivos no pico da doença chegou a 15,7% das pessoas testadas, agora, em 2021, esse cálculo chegou a 16,7%, confirmando a situação crítica na capital.
“Esses dados refletem o comportamento da população no final do ano passado, quando muitas famílias se reuniram para a comemoração das festividades”, explica a diretora da Vigilância Epidemiológica (SMS), Grécia Carolina Pessoni.
Ainda na noite desta sexta-feira, representantes das cidades que compõem a região metropolitana e Governo de Goiás se reúnem para a elaboração do Plano de Enfrentamento da Covid-19 que será apresentado hoje (27/02).