• Estudo alerta para mutações que podem “escapar às nossas vacinas”

    Publicado em 9.03.2021 às 17:46

    Um estudo publicado na revista Nature na segunda-feira investigou a eficácia das atuais vacinas contra as variantes do Reino Unido e da África do Sul e concluiu que a sul-africana é mais “preocupante”, na medida em que é mais resistente aos tratamentos e vacinas existentes. Os investigadores apelam a que se redobrem os esforços de mitigação da pandemia, alertando que o vírus “está a caminhar numa direção que pode, em última instância, levá-lo a escapar às nossas vacinas e tratamentos”.

    O surgimento das variantes do Reino Unido e da África do Sul gerou preocupação não só pela sua maior capacidade de transmissão, mas também pelas alterações que provocam na proteína Spike – usada pelo coronavírus como uma chave para entrar nas células humanas –, o que pode alterar a capacidade neutralizante por parte de vacinas ou de tratamentos com anticorpos monoclonais.

    Estudos recentes têm vindo a demonstrar a eficácia das vacinas contra algumas destas novas variantes. No entanto, o recente estudo publicado na revista científica Nature alerta que, se a vacinação não avançar rapidamente em todo o mundo, as variantes irão sofrer novas mutações que podem escapar aos efeitos das vacinas e dos tratamentos.(RTP, emissora pública de Portugal )