A Câmara da Indústria da Construção (CIC) da Fieg, liderada pelo empresário Sarkis Nabi Curi, reuniu presidentes de sindicatos e industriais, nesta terça-feira (09/03), para discutir ações para o fortalecimento do setor. No encontro, realizado em ambiente on-line, foram apontadas sugestões para a promoção da inovação tecnológica em produtos e processos construtivos e o impacto da pandemia nas atividades das empresas.

Essa foi a primeira reunião ordinária do colegiado em 2021, sendo marcada pelo desabafo dos empresários sobre o atual momento econômico e o reflexo na perda de competitividade e produtividade das empresas. “Estamos no meio de uma revolução. O que nos leva à inovação é a necessidade. Vão sobreviver as empresas que melhor se adaptarem ao momento”, ponderou o presidente do Sinduscon Anápolis, Anastacios Dagios.

Na reunião, foi unânime o protesto dos presidentes de sindicatos sobre o aumento de custos de produção e a falta de insumos no mercado. Para o presidente do Simagran, Eliton Fernandes, é complicado planejar o futuro com empresas morrendo devido a pandemia. “O Brasil será marcado pelo antes e o depois da pandemia. Muitas (empresas) vão morrer nesse processo. Vamos buscar a ajuda do Sesi e Senai para construirmos soluções aos desafios do setor produtivo”.

O presidente da CIC/Fieg, Sarkis Nabi Curi, destacou a importância da resiliência para as empresas atravessarem a atual crise e o trabalho que a Câmara vem promovendo para levantamento das necessidades das indústrias do setor. “Temos que fazer nossa parte e usar nossa dificuldade para dar um salto de produtividade com inovação tecnológica”.

O líder classista destacou que a inovação tecnológica é a porta para sobrevivência das indústrias e que é necessário união para a construção de soluções customizadas à cada setor, sobretudo para aproximação com empresas da base, buscando ampliar negócios e incrementar a produtividade.

No encontro, foi deliberada a construção de documento com sugestões para garantir a sobrevivência das indústrias e minimizar o impacto da pandemia na operação das empresas. O manifesto será entregue ao Governo Estadual e às prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia.

A reunião contou também com a participação dos presidentes de sindicatos Célio Eustáquio de Moura (Sindcel), Cézar Mortari (Sinduscon Goiás), Luiz Antônio Nogueira (Simplago), Nicolas Lima (Sindmóveis), Olavo Barros (Sinprocimento), Sílvio Naves (Simelgo), Luiz Carlos Borges (Sindiareia), Heitor Neto (Simesgo), Marcus Brandão (Sindibrita) e José Abuli (Sindigesso), além do executivo do Sindicer, Itair Júnior.

BRASIL MAIS PRODUTIVO
Na pauta de inovação tecnológica, foi apresentado aos participantes da reunião da CIC/Fieg o programa Brasil Mais Produtivo. Executado pelo Senai Goiás, a iniciativa oferece às micro, pequenas e médias empresas soluções para melhorar a gestão, inovar processos e reduzir desperdícios. As indústrias têm acesso às mentorias Lean e Digital, metodologia de baixo custo e de rápida implementação, que contemplam a otimização de processos produtivos e digitalização de informações para gestão. Em 2021, cerca de 60 empresas serão atendidas na primeira fase do programa.

“A iniciativa ajuda as empresas nesse momento de desafios, de retomada da atividade, permitindo produzir mais com menos”, explicou a coordenadora de Serviços de Tecnologia e Inovação do Senai Goiás, Larissa Custodio.