• Sete mortos no Reino Unido após vacinação com AstraZeneca

    Publicado em 3.04.2021 às 08:00

    Sete pessoas morreram no Reino Unido de coágulos sanguíneos após receberem a vacina anti-covid-19 da AstraZeneca, mas as autoridades de saúde britânicas reforçam que os riscos são “muito pequenos” e aconselham a população a vacinar-se.

    Num comunicado enviado à agência France-Presse, a Agência Reguladora de Medicamentos e Cuidados de Saúde do Reino Unido (MHRA) diz que sete pessoas morreram de coágulos sanguíneos, num total de 30 casos identificados até agora.

    Na sexta-feira, a MHRA anunciara ter identificado 30 casos de coágulos sanguíneos raros entre os 18,1 milhões de pessoas vacinadas com esse preparado até o final de março.

    O órgão regulador da saúde destacou que os riscos associados a esses coágulos são “muito pequenos” e que a população deve continuar a aceitar a vacina quando ela lhes é oferecida pelos serviços de saúde.

    Dos 30 incidentes, 22 correspondem a tromboses venosas cerebrais (TVC) e os restantes oito estão relacionados com plaquetas baixas.

    Segundo a MHRA, sete destas pessoas vacinadas morreram e estão a decorrer investigações para apurar a relação das mortes com a vacina da AstraZeneca.

    A diretora da MHRA, June Raine, diz no comunicado que nenhum caso semelhante foi sinalizado para a vacina da Pfizer/BioNTech. 

    “As vantagens da vacina da AstraZeneca para prevenir a infeção com covid-19 e as suas complicações continuam a ser largamente superiores aos riscos e o público deve continuar a receber a vacina”, disse ainda Raine.

    Além da vacina da Astrazeneca, o Reino Unido está a usar também o preparado da Pfizer. Até ao momento, mais de 30 milhões de pessoas já receberam pelo menos a primeira das duas doses de uma dessas vacinas.

    O aparecimento de casos de coágulos sanguíneos e mortes de pessoas inoculadas com este fármaco levou a maioria dos países europeus, incluindo Portugal, a suspender por uns dias a administração desta vacina, situação ultrapassada após a garantia da EMA de que é “segura e eficaz”.

    Ainda assim, alguns países, como a Noruega, mantêm a suspensão e outros, como a Alemanha, limitam a vacinação com esta vacina a maiores de 60 anos.(RTP, emissora pública de Portugal)