Os impactos dos cortes no orçamento da Educação é tema de audiência pública na Câmara
A Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos do Ministério da Educação (MEC) realizou uma audiência pública, na tarde desta quarta-feira (23/6), com o tema “Os impactos do orçamento do Ministério da Educação para a educação brasileira em período de pandemia”. Um dos convidados para discutir o assunto foi o reitor da UFG e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira.
A audiência pública foi aberta pelo coordenador da Comissão, deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), e mediada pelo deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE). Vitor de Angelo, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), e Tassia Cruz, gerente-executiva do Centro de Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe), foram os outros convidados e expuseram a situação do orçamento do MEC.
Edward iniciou a sua exposição citando que em 2014 os recursos para as despesas discricionárias das universidades federais eram de R$ 7,4 bilhões e, em 2021, o previsto é R$ 4,3 bilhões, mesmo com o acréscimo de mais de 150 mil estudantes e seis novas universidades.
“Alguém pode perguntar: como sobrevivemos? Simplesmente deixamos de fazer coisas. Por exemplo, paramos de investir em manutenção predial e deixamos serviços como segurança e limpeza no mínimo, e o mais grave: cortes na assistência estudantil”, explicou.
O reitor da UFG aproveitou a oportunidade para pedir apoio dos deputados para que o governo faça um PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional) para recompor R$ 1 bilhão no orçamento das universidades, conforme foi acordado antes da votação do orçamento federal deste ano.
“Com o orçamento atual, as universidades chegam no máximo até agosto ou setembro podendo honrar com os seus gastos básicos”, alertou Edward.
Fonte: Reitoria Digital UFG