Fieg debate impacto das barreiras comerciais no setor produtiva
O Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex) da Fieg, liderado pelo empresário Emílio Bittar, reuniu conselheiros quinta-feira (24/06), em ambiente on-line, para debater tendências e barreiras comerciais que impactam as exportações brasileiras. O encontro contou com exposição da gerente de Diplomacia Empresarial e Competitividade do Comércio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Constanza Negri, e da analista de comércio exterior Pietra Mauro.
Na oportunidade, a gerente da CNI abordou a agenda defendida pelo setor industrial, com temas prioritários que influenciam a política comercial. A especialista listou ações para promoção das exportações brasileiras, competitividade, desburocratização, cooperação internacional e logística e infraestrutura.
Constanza Negri apresentou os principais desafios do comércio exterior para o Brasil e destacou que o setor privado está cada vez mais exposto a novas exigências. “Os padrões privados atendem interesses legítimos e cada vez menos voluntários. Em muitos casos, as reivindicações já se tornaram políticas públicas”, disse, citando como exemplo a elevada exigência do mercado consumidor de países da União Europeia e do Reino Unido.
Nesse âmbito, dentre os requisitos governamentais estão exigências relacionadas ao uso de recursos naturais e impacto no meio ambiente, além de questões relacionadas a direitos humanos, condições de trabalho e consumo e produção sustentáveis. A representante da CNI explicou que as novas barreiras incluem a adoção de medidas para atender reivindicações ambientais, sociais e do mercado financeiro que impactam, sobretudo, pequenas e médias indústrias pelo elevado custo de adaptação. “Isso cria custos operacionais pesados e o não ajustamento pode significar a exclusão do mercado”, afirmou.
O presidente do CTComex, Emílio Bittar, reforçou a importância do debate e destacou que as novas barreiras comerciais afetam toda a cadeia produtiva dos setores impactados, citando como exemplo recentes embargos para importação de carnes do Brasil por países asiáticos e da Europa. Nesse sentido, Bittar frisou a necessidade de unir esforços para levar informações confiáveis aos importadores, buscando minimizar barreiras reputacionais aos produtos brasileiros. “Precisamos trabalhar juntos para a eliminação dessas barreiras, impostas sobretudo aos países em desenvolvimento”.
O debate fez parte da pauta da reunião ordinária do colegiado, que contou ainda com apresentação dos produtos e serviços ofertados pelos conselheiros Denise Faria, da Awe Business – empresa de consultoria na área de importação e exportação; e Leopoldo Moreira Neto, presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), que promove programas de internacionalização para quase 50 mil empresas do município, em parceria com o Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fieg.