Doença na retina pode levar à cegueira de prematuros
O nascimento é sempre um momento especial, mas algo tem se tornado comum: o parto prematuro. São cerca de 15 milhões de bebês que nascem antes da hora no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o número chega a 340 mil. E esses pequenos, que chegam ao mundo antes do fim dos nove meses de gestação, precisam de ainda mais cuidados, pois estão sujeitos a riscos à saúde.
Uma preocupação que precisa estar no radar dos pais é com a visão do recém-nascido, especialmente dos prematuros. Nesse caso, além do acompanhamento do pediatra e de toda a equipe do leito neonatal, é preciso atenção de um oftalmologista especializado. Além do teste do olhinho, há outros exames mais aprofundados, como de fundo do olho. No momento do exame é possível diagnosticar e indicar o melhor tratamento para cada caso.
Uma das possíveis doenças é a retinopatia da prematuridade, um distúrbio em que pequenos vasos sanguíneos crescem de maneira atípica no fundo dos olhos, ou seja, na retina do bebê, parte responsável pela formação das imagens. Geralmente ocorre em bebês prematuros, naqueles que nascem com menos de 32 semanas de gestação. Para evitar o descolamento da retina ou até mesmo perda total da visão, é fundamental o tratamento adequado, que pode ser fotocoagulação a laser, aplicação de antiangiogênicos ou mesmo cirurgia.
Segundo a oftalmologista Tatiana Brito, especialista em retina e vítreo, com o diagnóstico precoce ainda é possível conter o crescimento anormal de vasos sanguíneos na retina dos prematuros. “O procedimento é realizado na própria maternidade, evitando assim os riscos de um deslocamento em ambulância de UTI até um hospital oftalmológico”, explica.
A especialista em doenças vitreorretinianas pediátricas, Alessandra Rassi, ressalta que alguns recém-nascidos podem apresentar casos mais graves e a necessidade de medidas específicas. “Diante de alguns diagnósticos, no momento do exame, é preciso iniciar um tratamento a laser, utilizando injeções de medicamentos ou até mesmo uma cirurgia para evitar a cegueira”.
Retina Pediátrica
Idealizado por duas médicas oftalmologistas, o Retina Pediátrica visa os cuidados com a saúde dos recém-nascidos e tentar diminuir o número de casos de problemas de visão e de cegueira que, até então, só crescem.
As médicas oftalmologistas Tatiana Brito e Alessandra Rassi são especialistas no assunto. Tatiana Brito tem experiência avançada em diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas à retina e vítreo, desde os primeiros dias de vida; e Alessandra Rassi atua também no tratamento de doenças vitreorretinianas pediátricas.
Juntas, elas levam aos hospitais, mais do que uma consulta, equipamentos próprios e específicos para uma avaliação completa da visão. É uma iniciativa que busca, acima de tudo, informar pais, pediatras, planos de saúde e unidades hospitalares sobre a necessidade desses cuidados, fundamentais para evitar danos à visão dos pequenos.
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