“Pesquisa do IBGE mostra força e projeta crescimento da indústria no PIB de Goiás”, afirma Sandro Mabel

Publicado em 21.07.2021 às 20:50

O presidente da Federação das Indústrias dos Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, afirmou que pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (21) revela a força da indústria goiana, hoje a que mais cresce no Brasil. “Estamos em franco crescimento e com a retomada da economia, superada a pandemia, vamos avançar ainda mais”, assinalou.

De acordo com o IBGE, foram identificadas 6.377 unidades locais de empresas industriais com cinco ou mais pessoas ocupadas em Goiás em 2019. A indústria goiana gerou R$114,9 bilhões de receita líquida de vendas e pagou um total de R$ 7,6 bilhões em salários, retiradas e remunerações a um contingente de 227 mil pessoas ocupadas.

Mabel observou que, em Goiás, essas unidades geraram um valor bruto de produção industrial de R$109 bilhões, ao passo que tiveram R$ 72,5 bilhões em custos das operações industriais.  “A atividade industrial goiana gerou um total de R$ 36,5 bilhões de valor de transformação industrial”, destacou.

O líder classista disse que em 2019, a Indústria de transformação foi responsável por 95,3% do valor da transformação industrial no estado de Goiás, R$ 34,8 bilhões, crescimento de 12%, em relação a 2018, R$31,1 bilhões. Dentre as atividades a que apresentou maior destaque, em Goiás, foi a indústria de fabricação de produtos alimentícios, com R$ 14,7 bilhões, que sozinha respondeu por 40,2% do valor de transformação industrial de todo estado, R$ 36,5 bilhões.

“Nossa expectativa é um grande salto de crescimento nos próximos cinco anos, quando deveremos dobrar a nossa participação no PIB estadual”, sublinhou, acrecentando: “Isso, claro, se o governo não nos atrapalhar com absurdos fiscais e medidas descabidas para elevar a carga tributária.”

Pesquisa do IBGE aponta que alimentos é o principal segmento industrial goiano

Em relação ao número de unidades locais por atividade, o IBGE apontou que as unidades locais de fabricação de produtos alimentícios são maioria no estado. No ano de 2019 havia 1.324 unidades, um aumento de 1,6% quando comparado com 2018. Por outro lado, o número de unidades locais responsáveis pela confecção de artigos do vestuário e acessórios teve uma redução de 19,3% de 2018 para 2019, indo de 1.391 para 1.122 unidades. Em seguida, as unidades responsáveis pela Fabricação de produtos de minerais não-metálicos tiveram um aumento de 3,2% em unidades de 2018 para 2019, registrando 639 unidades. Por fim, destaque para as unidades responsáveis pela Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos que tiveram um aumento de 21,0%, de 2018 para 2019, totalizando 381 unidades.

Em relação ao Pessoal Ocupado, a atividade que mais empregou pessoas foi a fabricação de produtos alimentícios, com 81.677 pessoas ocupadas, uma redução de 4,2% quando comparado com 2018. A segunda atividade que mais empregou em 2019 foi a de Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, que no final do ano ocupava 23.146 pessoas em unidades dessa atividade. Uma redução de 1,4% quando comparado com 2018, mas um aumento de 34,7% quando comparado com 2010. Já a Confecção de artigos do vestuário e acessórios ocupou 17.986 pessoas em unidades locais industriais em Goiás, uma diminuição de 12,5% quando comparado com 2018. Destaque para a Fabricação de produtos químicos, que foi responsável por ocupar 12.481 pessoas, 1.077 pessoas a mais que em 2018, aumento de 9,4%.

No ranking do valor de produção, em 2019, o produto carnes de bovinos frescas ou refrigeradas saiu de 2º para 1º lugar no estado, com um valor de produção de 8,3 bilhões de reais, um crescimento de 24,3% em relação a 2018. O etanol não desnaturado, com teor alcoólico em volume maior ou igual a 80%, anidro ou hidratado para fins carburantes também subiu uma colocação no ranking, passando da 3ª para 2ª posição, com valor de produção de 7,3 bilhões, e crescimento de 12,1%. Em contrapartida, o produto Tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, inclusive cascas, palhas e outros resíduos dessa extração perdeu 2 posições, ficando em 3º lugar, com R$ 6,8 bilhões em valor de produção, apresentado recuo de 14,4% em relação a 2018.

Dentre as 100 maiores produções da indústria brasileira em 2019, a indústria goiana se destaca em 36 produtos. Dentre esses, destaca-se a produção de óleo de soja refinado, que tem 18,6% da produção nacional localizada no estado de Goiás. Outro destaque da indústria goiana fica por conta de Tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, inclusive cascas, palhas e outros resíduos dessa extração, que tem 18,4% da produção nacional. O Biodiesel e suas misturas, que não contenham ou que contenham menos de 70%, em peso, de óleos de petróleo ou de óleos minerais betuminosos têm em Goiás 17,2% da produção do país.