Empresários pedem “oxigênio” para sobreviver à crise

Publicado em 19.03.2020 às 10:06

Empresários que são atingidos pela crise de saúde no estado se reuniram nesta quarta-feira (18) com a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, para pedir socorro ao governo e resistir às medidas restritivas de fechamento por 15 dias, informou Rafael Tomazeti, no Diário de Goiás.

Em entrevista ao site, “o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, destacou que os empresários fizeram pedidos para ter oxigênio suficiente para sobreviver à crise”

“Pedimos esse recurso de uma forma que o Estado possa dar um auxílio a esses empresários. O empresário que está parando precisa de um oxigênio. Quando se fecha uma área de alimentação, dentro da geladeira vai estregar o presunto, as frutas, tudo. Ele vai perder o capital de giro, e os funcionários estão lá. Apoiamos os fechamentos, porém tem que ter uma flexibilização. Explicamos essa visão empresarial no sentido de que se possa fazer a economia continuar andando. Se não, esse pessoal pega e manda todo mundo embora e as pessoas não vão arrumar emprego nos próximos cinco meses. Essa crise vai passar, mas vai deixar muitas sequelas. O que precisamos é manter o oxigênio”, disse ele ao DG.

Segundo a reportagem, Mabel não detalhou todas as medidas que sugeriu à secretária. Porém, citou que pediu a prorrogação de prazos de pagamento de ICMS, a não aplicação do Fundo Protege, por ora, e uma série de adiamentos de recolhimento de tributos, como o governo federal tem feito. “Uma série de não pagamentos ou postergação de pagamentos para ajudar esse pessoal sair da crise combalidos, porém vivos”, explicou Mabel.

O presidente da Fieg relatou ao Diário de Goiás que Schmidt teve, a princípio, uma “reação forte”, mas demonstrou “aceitação” durante o debate. A secretária terá uma reunião pela manhã com Caiado para apresentar as propostas do empresariado. O grupo deve ter audiência com o governador à tarde nesta quinta. “Agora não existe diferenças políticas. Acabaram todas as brigas. Vamos nos juntar para manter o país funcionando”, pontuou Mabel ao DG.

Para buscar os recursos solicitados pelos empresários, a Fieg sugeriu recorrer a programas como o Fomentar e à Agência de Fomento. Mabel disse que Schmidt foi simpática à ideia e já se reuniria com representantes para discutir a possibilidade.